segunda-feira, 13 de julho de 2015

LE MONT SAINT MICHEL E CHARTRES

Mont Saint Michel

 
Mont St Michel


Numa manhã cinzenta de primavera, partimos de Fougères para o Mont Saint Michel, na Normandia. Uma vitrine medieval para o  mundo. A Viagem durou 1 hora. Estávamos confiantes na melhoria do tempo e temperatura porque o serviço de meteorologia anunciava dia ensolarado, o que se confirmou à tarde.
O ano de 2015 crava um novo marco na preservação do Monte: o seu retorno a condição de ilha. Demos sorte de estar ali neste momento histórico, embora tenha sido por puro acaso. 
Grandes mudanças tem sido feitas ao longo de uma década. Uma delas é colocar o estacionamento distante das muralhas do pequeno povoado, que agora dista cerca de 4 km. Bolsões foram criados para oferecer conforto e segurança aos peregrinos e visitantes em geral e ajudar nos cuidados com o ecossistema local. Custa cerca de 8,50 Euros pelo dia, o que inclui a travessia por ônibus.  Não há muita espera para tomar os "shuttles" , apesar das filas (considerando-se que esse era um feriado prolongado) Ainda foi possível entrar com o carrinho de bebê.

Vista a partir do estacionamento

O ônibus que liga o continente à ilha também não chega ao largo de entrada da cidade medieval. Perto do final do corredor e dali mesmo, sem necessidade de manobra, retorna para o ponto original a busca de mais passageiros. O motorista é que muda de lado. Muitas pessoas contudo, fazem o percurso a pé, que é bem agradável, com uma bela paisagem se descortinando e a vista única do visitado Monte. Não nos aventuramos porque já antevíamos as dificuldades para andar pelas ruelas estreitas em ascensão e muitas escadarias com criança.  
Descendo do ônibus ainda caminhamos um pequeno trecho até as suas portas e paramos para a seção de fotos. A visão que se tem já é um retorno no tempo. Uma pequena ilha rochosa apinhada de construções, que consistem em  torres, passarelas, casarios e as muralhas. 
Patrimônio da Humanidade pela UNESCO desde 1979 a tendência e os projetos atuais levam a que se retorne tudo ao status quo ante, para que aquela beleza não se acabe. Com tanto trabalho do mar nas suas encostas e mais a atuação do Homem, é de se pensar como ainda resiste.
Pelos relatos,  a invasão das águas, isolando o pequeno elevado deu-se há cerca de 3300 anos, na Idade do Bronze.
Mas a sua conformação, como a vemos atualmente deveu-se a um terremoto ocorrido no século VIII, época em que  o bispo Aubert dedicou o monte a Saint Michel. Houve acomodações que permitiram ao mar assumir todo o seu contorno, definitivamente.
Em tempos remotos, um istmo natural o ligava ao continente e este era regularmente invadido pelo mar na maré alta. Foi então reforçado por obras o que o tornou uma passagem permanentemente seca. 
passarela seca que liga o continente à ilha

As obras de canalização do Rio Couesnon, cuja desembocadura dá-se nesse local, provocou um impacto ambiental devido ao acúmulo de sedimentos trazidos pelo mar e a dificuldade do seu retorno. Ganhou-se terra, o que foi sendo ocupado por rebanhos de ovelhas. Isto por causa da canalização do Rio, que  não teve mais forças para a limpeza do material depositado, assoreando a baía e dificultando o avanço das marés. Com medo de perder uma das mais icônicas belezas naturais do país,  a comunidade francesa pensou na solução de desfazer as obras e torná-las ao estado original. A idéia foi construir passarelas de madeira,permitindo que a água escoasse por baixo e as pessoas pudessem cruzar sem o risco de se molhar ou serem impedidas de chegar ao outro lado com a maré alta. No Rio Couesnon foi feito um dique que libera a água após a maré alta e assim retoma o necessário trabalho de limpeza da baía. E com isto  não se perde o berçário natural de vida marinha. A fauna e a flora saem vitoriosas nesta reconquista. Um projeto digno dos maiores elogios. 
Naquele ponto fronteiriço entre a Normandia e a Bretanha ainda desembocam dois outros rios: o Sée e o  Sélune. 


O desenho que se forma da junção destes é todo sinuoso, e a pintura assume as várias tonalidades do verde da vegetação e do cinza do fundo do mar ( exposto nas marés baixas) ou o azul escuro das águas na maré alta. As marés são outro show neste pequeno pedaço da Mancha, pois chegam a proporções incríveis ( 12 a 15 metros na alta ). A paisagem muda radicalmente entre  as marés. É um espetáculo que atrai muitas pessoas para ver o mar tomar conta de todo aquele imenso vazio. E tudo se dá rapidamente, " um cavalo a galope" como dizem os locais. A paz e calmaria no grande fosso que contorna a ilha pode se tornar uma perigosa armadilha para os que desconhecem o fenômeno. A água vem em grande velocidade e  a pessoa corre riscos de vida se estiverem no seu leito. Por outro lado as águas podem fluir de baixo e é quando as areias se tornam movediças. Todo cuidado é pouco. O que é lindo pode ser tornar trágico. 

                    UM POUCO DE HISTÓRIA

O que foi outrora um burgo com grandes construções aboletadas sobre as rochas começou com o seu domínio pela igreja Católica. O Bispo de Avranches (nas imediações) o dedicou a St Michel, após um sonho com o Arcanjo. Vale a pena conferir a lenda e a pintura no interior da Abadia. Isto ocorreu no século VIII, ano 708 DC. A história se espalhou oralmente, não existe documentos dos acontecimentos no período em que ocorreram. Há porém um relato tardio denominado “La Revelatio”, que vem alimentando as informações históricas. 
Inicialmente, diz-se,  foi entregue aos Anacoretas, monges que viviam de orações e em estado de pobreza. Mais tarde vieram os beneditinos, que também viviam modestamente, apesar de toda a riqueza da obra que foi sendo erguida. A Ilha dobrou de altura e passou a ter 170 metros.



As construções começaram com uma igreja e seu mosteiro, no estilo romanesco e embora a maior parte foi destruída ou mal construída e veio abaixo, algumas partes ainda subsistem. 
Nestes primórdios a Normandia  era um ducado independente da França e mantinha um associação com a Inglaterra. O Duque da Normandia reconstruiu muitas das igrejas e mosteiros da região, destruídos pelos normandos quando ocuparam aquela área.O Mosteiro foi incrementado e o  lugar passou a ser de peregrinação. Aos poucos foi recebendo ilustres visitantes atraídos pela fama do lugar, dentre eles reis, rainhas e príncipes. 
O Duque Richard da Normandia casa-se com Judith da Bretanha no Mosteiro, com a presença dos nobres das duas províncias. O Monte vai atingindo o seu apogeu de riqueza e a Abadia recebe muitas doações, inclusive terras nas várzeas próximas. Ali criavam animais para suportar as necessidades dos residentes e dos peregrinos. Ainda hoje existem ovelhas, que como as suas parentes primitivas degustam aquele saboroso pasto, composto de ervadoce marinha que com o salitre faz a delícia da alimentação do rebanho.

O Mosteiro cresceu ainda mais sob o comando do Abade Robert de Thorigny, que enriqueceu a biblioteca com manuscritos raros e também mandou construir uma hospedaria no lado sudoeste da ilha.  Recebeu nesta ocasião o Rei Henrique da Inglaterra (de quem era conselheiro) que veio acompanhado do Rei da França Luiz VII, pelo arcebispo de Rouen e pelos cardiais que se tornariam papas.

As cerimônias de recebimento dos ilustres visitantes foram grandiosas e impressionaram os que as viram e os que delas tiveram conhecimento.

As festas religiosas caíram no gosto dos Monteses ( como são chamados os seus habitantes)  e geografia do Monte ajudava bastante a dar ares de representação teatral, com velas, procissões e as roupas especiais usadas para a ocasião. Ali também foi cultivado pelos monges, o canto gregoriano, ajudado pela excelente acústica das igrejas e capelas, embelezando e dando ares solenes às missas e outros eventos religiosos.



No século XIII a Normandia é anexada à França.  Violentas batalhas mancham de sangue o território normando que é invadido pelo Rei Felipe Augusto da França. Por conta das brigas parte da Abadia e parte da Vila St Michel são incendiados. É o ano de 1204. 
Com o retorno da paz o Rei Felipe Augusto resolve reconstruir o que foi danificado e manda bastante ouro para lograr este intento. Os Monges então resolvem refazer o Mosteiro com mais espaço e luz, uma vez que viviam confinados a salas escuras e pequenas.

O conjunto denominado “A Maravilha” é construído.  


Foi grande o desafio imposto aos arquitetos. Não havia muitos recursos para levantar uma obra portentosa, pesada e ampla sobre as pedras da ilhota.

Para isto construíram pesadas estruturas de apoios na parte exterior e tiveram que se superar na escolha de material leve a medida que a obra ia subindo. Questão de segurança, já que a área poderia estar sujeita aos caprichos da natureza ( tremores, ventos e chuvas).

Os três andares foram assim distribuídos: a parte inferior recebeu a capela e adega. São reforçados por grossas paredes e abóbadas que dão equilíbrio aos andares  superiores. A parte mediana foi destinada aos hóspedes, bem como a uma sala dos Cavaleiros. Sala esta destinada ao aconchego da comunidade dos monges, posto que sendo um lugar muito frio era ali que se protegiam com imensas lareiras e muitos tapetes. No andar superior foi instalado o Claustro e o refeitório. 

Sob a dominação francesa, a Abadia desfruta de grande autonomia, sem a interferência do Rei da França, podendo eleger seu Abade com liberdade.

Na guerra dos Cem Anos entre a França e Inglaterra surge a necessidade de se reforçar as defesas do vilarejo. Agora as contendas não são mais com pedras e espadas, mas com armas e canhões. Portas, Muralhas, torres e uma ponte levadiça são erguidas. A Vila adquire ares de cidadela. O Monte se transforma em uma das fortalezas mais bem protegidas da época. Mesmo com estas medidas o Monte acaba caindo novamente nas mãos dos ingleses. Pela atuação belicosa é derrubado o coro românico, que não foi reconstruído (fazia parte das obras mais antigas). 
As derradeiras construções foram as protetivas: a Torre do Rei, a Torre Cholet , a Torre Beatriz e a Torre da Arcada ( Aparatadas com canhões e guaritas que servem de observatório).

Com a Revolução Francesa e a dissolução das ordens religiosas, a ilha se tornou uma prisão de religiosos e políticos. Mais tarde foi desativada desta finalidade e acabou caindo em decadência e os prédios em ruínas.
Mesmo assim ainda acorriam ao lugar peregrinos e visitantes até que Napoleão entendeu a sua importância histórica e arquitetônica para a França. Então foi elevada à condição de Monumento histórico em 1874 e começaram a ser feitas restaurações. No século XX, mais precisamente em 1979 passou a ser Patrimônio da Humanidade pela UNESCO. A Baía que a abraça foi agraciada com o título em 1987.
                       A VILA


rua dda Vila do Monte St Michel

As portas são antecedidas por um largo. Uma vez transpostas, o que se vê no seu interior é uma verdadeira Torre de Babel. Gente de todas as partes do mundo caminhando, observando São realmente encantadoras aquelas casas em pedra parecendo continuação das rochas que as sustentam, outras com travas de madeira , flores e floreiras nas janelas, nichos e oratórios, memórias de um passado que fascina. Inúmeras máquinas fotográficas registram ruelas e becos, casas, escadarias e igrejas, tudo muito bem conservado. 

  Logo na entrada vê-se as creperias e restaurante e o conhecido Restaurant Mére Poulard. Essa marca é dona de quase tudo por lá e é famosa por fazer os crepes, em fogo no chão, tendo as frigideiras cabos longos. Obedece a um ritual que merece ser apreciado. É só se encostar nas vitrines ou entrar no recinto onde fazem os quitutes. É considerado uma delícia gastronômica . Por ali se compram os famosos biscoitos que levam a marca. O comércio é agitado, há muitas lojas que vendem souvenirs, roupas e mil e um objetos. Ficamos passeando naquelas ruelas até dar meio dia e aí tinham nos aconselhado a ir cedo para os restaurantes porque depois fica impossível e há esperas longas.


                         DIA DAS MÃES

Como o Mère Poulard ficava na parte interior da rua, escolhemos um restaurante da mesma rede, mas no lado do mar. Sobre as muralhas. Fica a dica. Há opção de sentar-se no terraço, a céu aberto, ou dentro dos restaurantes com vista para o mar. Ficamos dentro porque fazia frio e ventava muito apesar do sol que começava a dar ares de sua graça. Como era cedo conseguimos uma prilegiada mesa junto aos janelões de vidro.


 Festejamos lá o dia das mães, foi realmente gostoso. Comemos ostras, camarão  e como sobremesa crepe caramelado (para variar). Tudo regado a bom champanhe para festejar o dia especial.

a gastronomia privilegiando os frutos do mar 

Um parênteses para aconselhar a comida: ou escolhe crepe, os famosos da região e feitos com todo o ritual da tradição, ou os frutos do mar, sempre fresquinhos. Há vários restaurantes e você pode escolher qualquer dos charmosos e aconchegantes existentes.  Como o lugar é pequeno é só escolher ao longo da rua principal, ou nas laterais, ou ainda caminhando pelas muralhas. Não há dificuldades. Siga seu feeling e sobretudo vá mais cedo. 
                
                    A ABADIA E O MONASTÉRIO

Depois desses momentos divinamente saborosos, fomos subindo as escadarias de pedra , apreciando a fachada das casas normandas. 

Seguimos para as Igrejas.
a primeira é a igreja da comunidade, dedicada a São Pedro. Ali há também um cemitério para moradores. Uma grande cruz de granito é marca este ponto.

Igreja de S Pedro

Chegando ao alto, as construções e seus terraços banhados pela ainda tênue luz do começo da primavera tinham um efeito de sonho.
Agora ao vivo e a cores podemos apreciar o que falamos no histórico da Vila.
A Abadia e todo o conjunto, inclusive o campanário são espetaculares.O acesso dá-se através do amplo terraço chamado Plomb du Four, e o ingresso é pela porte  Românica. Aqui duas épocas e duas escolas se confrontam. Parte da Igreja, onde está a fachada e a nave principal são do século XI, levaram 60 anos para serem construídas e seguem o estilo românico. Os muros laterais possuem três andares com janelas e aberturas em arcos e o teto leve é forrado de  madeira, tipo taubilhas.

paredes românicas

 Já o coro, com um traçado elegante, em que vitrais e pilastras longilíneas se alternam,  foram construídas quatro séculos depois e seguem a arquitetura gótica.
O coro flamígero em estilo gótico (1450-1521)

O local é de oração, a Abadia hoje retomou sua função religiosa.
Do lado de fora apreciamos o alto Campanário,erguido no século XVII em substituição à antiga torre maltratada pela queda de raios. No seu topo, abençoando e protegendo sua ilha o Arcanjo Michel, todo em dourado.
As próximas partes a visitar são as autenticamente góticas e que se denominam MARAVILHA, como já fizemos referência acima. Começa-se pelo Claustro, no plano superior, com aberturas para o mar. É estonteante. 
Alcança-se  em seguida, um dos locais mais lindos do Monastério: O CLAUSTRO

Claustro

o Claustro, também construído nos albores do século XIII,  lembra imediatamente o Pátio dos Leões do Alhambra, em Granada na Espanha. Um pátio interno,quadrado, cujo centro a céu aberto é forrado por plantas, flores, e um tanque. Ao redor um avarandado coberto, para o uso dos monges, suportado por belas pilastras de granito ( colocadas em substituição às originais, de calcário, na sua restauração). Entre as arcadas das pilastras há uma pedra calcárea que permitiu esculturas lindas de flores e alguns animais. Todos os espaços são delicadamente talhados. 


 O próximo cômodo foi o refeitório,construído no século XIII. Tem o teto abobadado de lambris de madeira, como o da Igreja. Para suportar o seu peso as paredes inferiores são bastante grossas. Embora com estreitas janelas , a grande sala é bastante iluminada. Tudo foi conscientemente planejado para dar este efeito. 

refeitório


Agora vamos descer para conhecer no segundo piso a Sala dos Hóspedes. Aqui eram recebidas pessoas ilustres. As lareiras são imensas e há um fogão que se assemelha a lareira, em cujos vãos se preparava a comida. A sala é bastante elegante, com arcos em ogivas. Dizem que a noite os empregados enchiam o chão de palha para os hóspedes dormirem. Um banheiro coletivo servia a todos. Não havia muito conforto, mas estas visitas eram mais com objetivo de peregrinação.
O total dos cômodos expostos à visitação é de 20, incluindo os aposentos do abade, capelas mais antigas e criptas. 
Descendo mais e passando por inúmeras salas com pilastras, como a cripta das grandes pilastras chega-se a uma roda, que se assemelhava a dos monges, e servia para içar comida e outras cargas para  o alto da Abadia. Mais recentemente, na época em que se tornou presídio era acionada pelos presos que caminhava no seu interior, para impulsionar a roda. Neste local também existe um ossário. 

Na saída passa-se ainda por uma loja de lembranças, como livros, postais, medalhas, etc.. 
A parte externa contorna um jardim, com uma magnífica visão da baía.


Um local bastante aprazível, com canhões fez a festa do nosso neto. Agora revezávamos cuidadando dele para os pais visitarem com calma o monumento.
O lugar realmente vale a pena. Mas como tudo acaba, a gente vai saindo e indo conhecer outros lugares. 

CHARTRES
Catedral de Chartres

Partindo para Paris resolvemos parar em Chartres visando conhecer principalmente  a sua enorme catedral gótica. A Igreja é católica e um local de peregrinação, também chamada de Catedral de Nossa Senhora de Chartres. 
É claro que primeiramente visitamos a cidade. Já perto do centro histórico deixamos o carro num estacionamento subterrâneo e iniciamos o passeio a pé. Há muitos restaurantes e acabamos escolhendo um ao lado da igreja. 
Deu para ficar ao ar livre, o que facilita com os aparatos de criança. 
A comida gostosa também.  O sol e o calor ajudaram na empreitada. 

restaurante na lateral da igreja

Chartres fica a 80 km de Paris. O grande monumento que atrai visitantes à cidade é a Catedral, que pelas suas dimensões pode ser vista a longa distância. Construída em 1143,no estilo romano foi destruída pelo fogo em 1194. Sobre suas ruínas se edificou, do mesmo ano até  1250,  uma nova Igreja. Esta atravessou o tempo e as guerras e se manteve bastante preservada assim como seus famosos e belíssimos vitrais. 
As fachadas são adornadas por muitas esculturas,originalmente haviam 24 grandes estátuas e 300 figuras.Hoje subsistem apenas 19, mas todas magistralmente entalhadas.Elas servem de bordadura para as portas centrais, as de entrada e que são denominadas de Portas Reais. As suas altas torres são assimétricas e foram construídas em épocas diferentes.

a fachada e suas esculturas


Logo na sua entrada há um labirinto desenhado em pedras no chão, o que até hoje não tem a finalidade claramente explicada. Dizem que é um percurso para os peregrinos e espaço para meditação. 
o lsbirinto



Seus vitrais são as obras que mais chamam a atenção. Não só pela beleza das cores, como o azul cobalto de algumas delas, mas porque são originais. Datam dos séculos XII e XIII. O seu total era de 176 dos quais 152 sobrevivem em perfeitas condições. Eles filtram uma luz discreta para o interior da Igreja, que se mantém na penumbra. Durante a II Grande Guerra Mundial ditos vitrais foram removidos  e escondidos nos arredores da cidade, para serem recolocados ao fim da guerra. Genial a idéia. Eu agradeço. 

vitrais dos séculos XII e XIII

Cada obra de arte desta deve ser observada com cuidado. Há na sua fachada frontal uma grande rosácea, assim como nas entradas laterais. Totalizando 3. 
A Igreja ainda conserva um relicário, que acredita-se seja o manto que Maria envolveu o Menino Jesus, quando nasceu ( a Santa Camisa. Situa-se num dos altares ao final da nave.  

a Santa Camisa

A Cripta é das maiores existentes nos templos católicos, só sendo superadas pela Igreja de São Pedro, em Roma. Nela é possível apreciar-se as estruturas da antiga igreja romana sob a qual se erigiu a atual gótica e também algumas estátuas que foram retiradas da sua  fachada e substituída ´por réplicas. Ainda na Cripta existe um poço Druida ( e há todo um misticismo a rondar as suas águas), que se mantém em perfeito estado, bem como  a réplica da estátua de Nossa Senhora Sous-Terre. 
Dentre muitas  obras, tapumes e andaimes cumprimos a missão de visitar Chartres. Faça o mesmo, não se arrependerá, mas o melhor é esperar que as reformas se concretizem. Au revoir.  
HORÁRIOS DE VISITA: de maio a  3 de setembro aberta das 930 am às 12,30 pm e das 2pm às 6 pm; de 4 de setembro  a 30 de abril das 9,30 am às 12,30pm e das 2:00 pm às 5:00 pm.
Visitas guiadas todos os dias no verão ( maio a agosto) às 16 horas. No período seguinte  apenas aos finais de semana,  às 15 horas. 







domingo, 5 de julho de 2015

FOUGÈRES - SEGUNDA PARADA E PONTO DE HOSPEDAGEM


                          FOUGÈRES - BRETANHA

Saindo de Giverny viajamos três horas de carro. Mas estávamos meio perdidos, porque o GPS não reconhecia o nome da cidade. Também não a achávamos nos mapas. Então esteja alerta, se for a Fougéres de carro leve mapas e orientações precisas. Resolvemos finalmente colocar como referência o Mont Saint Michel, que fica próximo, e aí deu tudo certo. Tomamos nosso rumo. Da rodovia já podíamos avistá-lo.  
A cidade se situa a 1 hora de Saint Malo, 30 minutos de Rennes, e 1 hora e meia de Caen.
Chegamos as 21,30 da tarde em Fougères. Nos hospedamos no Best Western, Hotel des Voyageurs, na Place de Gambetta. É bem no centro da CIDADE ALTA, mas próximo também da Cidade Baixa. Difícil estacionar ali. O Hotel fica numa rótula e o movimento é grande, ficava ruim até para descarregar as malas. 
Place Gambett

Mas logo achamos estacionamento coberto e deu tudo certo. Porque as coisas sempre se acomodam a medida que nos familiarizamos com elas. A acolhida no hotel foi muito cordial. Todos falam isto do interior da França, e este é o diferencial em relação à cosmopolita Paris. Mas depende muito do local e do momento. Não dá para generalizar. O Hotel é confortável, os quartos arejados e claros com amplos janelões e o banheiro uma verdadeira sala. Pela manhã tomamos um farto café, que custou 11 Euros. Não tínhamos optado pelo café da manhã no pacote do quarto e então pagamos à parte. Havia uma deliciosa variedade de pães, queijos, frutas, iogurtes, sucos pressé ( suco natural de laranja), cereais. Ou seja, o café da nossa casa, com tudo que gostamos. No Meliá o  petit dejeuner era semelhante, mas com menos variedade e mais caro.  
Logo depois do café, bem forrados para enfrentar o frio que ainda se fazia sentir, atravessamos a rua e já estávamos diante do chafariz e da famosa feira dos sábados. Na Praça Aristide Briand, onde começa a feira de roupas , também fica o Tribunal da cidade (Hôtel de la Belinaye). 
Hotel de la Belinayes - Tribunal

É onde se concentram bares,  cujas mesas ficam nas calçadas, docerias, supermercado (achamos um Carrefour) e mercearias. 

Sobre a feira: Há  uma grande variedade de produtos à venda, desde chinelos grossos de lá ou pele , pijamas, casacos, roupas em geral e mais adiante, perto do Teatro,  a seção alimentação. Daqueles que aguçam a gula dos apreciadores das iguarias francesas, principalmente as artesanais, feitas nas fazendas vizinhas, como queijos, azeitonas, temperos e frios em geral. E perseguindo todas aquelas delícias, entre legumes e verduras, os tomates lindos ainda com o cabinho, a cidade foi se revelando com o que tinha de histórico e turístico para ver. E a gente não vai falar pouco, embora a cidade seja um ovo. 

tomates com cabinhos - lindos

Essa feira se encaminha do Largo Aristide Briand, de que falamos acima para a rua principal da Cidade Alta, a Rue Nationale, estendendo-se até as proximidades da igreja de Saint Leonard. São tradições que remontam à idade média. 
Pelo caminho logo encontramos o  Teatro Victor Hugo, com as barraquinhas e roupas penduradas, bem na sua luxuosa entrada. 

Teatro Victor Hugo



Fica na encruzilhada da Rue Nationale, numa pracinha que leva o sugestivo nome de Place du Théatre.(rss) O prédio foi inaugurado em 1886, no estilo italiano e atende os interesses culturais da comunidade, cujo gosto pela música e espetáculos artísticos vem da tradição. As visitas tem que ser agendadas. 
Do lado direito de quem percorre a Rue Nationale, preste atenção numa torre, que fica quase na esquina da Rue du Beffroi. O monumento, que deve ter dado nome à rua, é chamado Beffroi. Foi construído pela população local, simbolizando o poder e a riqueza do burgo. O seu relógio vem regulando a vida dos cidadãos por mais de 600 anos. É o "beffroi " mais antigo da Bretanha. Coisa para se apreciar.

Ainda na Rue Nationale, 37 você pode apreciar o Museu da Relojoaria, com mais de 200 peças em exposição. O relojoeiro exerce seu ofício diante dos visitantes. Há preciosidades para quem se interessa pelo segmento. 
No número 51 encontra-se o museu Emmanuel de Villeón. A casa em que o artista pós-impressionista e fougerense residiu é típica da Bretanha. Possui travas de madeira na vertical, um alpendre ou porshe, telhados de ardósia e janelas vermelhas. Além das telas do autor, a casa é um atrativo à parte, por ser das últimas remanescentes (no estilo), do século XVII. 


No final da rua, numa pequena praça denominada  Place de L'Hôtel de Ville, há a Igreja de Saint Leonard e também o próprio Hôtel de Ville.
A Igreja é toda assimétrica, destacando-se a alta torre, apenas uma, onde se encontra o relógio. O estilo da fachada é néo-gótico flamboyant. Na capela lateral logo à esquerda de quem entra, (dedicada à vida de Saint Benoit - muito prazer em conhecê-lo) podem ser vistos os vitrais mais antigos da Bretanha. 


O campanário, aberto só no verão e com visitas limitadas a 19 de cada vez por questões de segurança, possui coleções de estátuas em madeira policromadas. 
No prédio contíguo fica o Hôtel de Ville, com uma fachada que me encantou. Data do século XVI , em pedra e telhas de ardósia.
Hôtel de Ville e Igreja de St Leonard



Entre a igreja e o prédio do Hôtel de Ville  há o portão de entrada de um jardim público, florido, muito harmonioso. Sua bela vista desnuda a CIDADE BAIXA, onde estão situados  a vila medieval, o famoso Castelo de Fougères e a Igreja de Sans Sulpice. 


A descida é íngreme, através de rampas e escadas, mas por se contornar árvores, arbustos e maciços de flores nem se sente. Encontrar a parte baixa, onde corre o Rio Nançon,  é  um mergulho no passado. As casas são em pedra e muitas possuem aquelas travas de madeira, características das moradias bretãs.
 

             O BAIRRO MEDIEVAL

Ziguezaguear pelas ruas é um deleite. Serpenteando por entre elas o rio desce com seu murmúrio, refletindo as plantas, os jardins vizinhos e aqui e acolá o casario de pedra e madeira. Quando nos damos conta estamos nos contrafortes do Castelo, que pode ser visto de qualquer lugar ou ângulo, pelas suas dimensões.
Mas antes de falarmos do maior tesouro da cidade, temos a dizer que assim que se atinge a parte baixa, vindo dos jardins públicos da Igreja de Saint Leonard, cruzamos pontilhões, apreciamos antigas casas de fazenda, comércio e residências. 



No bairro havia tecelagens, moinhos de farinha, curtumes e outras propriedades, ligadas ao meio rural, e tudo está mantido, só que com variadas destinações. As casas hoje ganharam mais algum charme pelos cuidados, mas estão de pé para testemunhar o passado, usos e costumes de uma época que já lá se vai...
Perder-se nas suas ruelas, sentar na soleira das janelas que espreitam a calçada, sentir curiosidade pela decoração dos interiores, que se insinuam pela transparência das cortinas, os jardins, as floreiras, baixar os olhos para o rez-de-chaussés e levantá-los para admirar as janelinhas do grenier, são momentos únicos entre você e o passado, a cultura de um povo, tudo o que você pode sorver dela ante tanta informação. Perscrute cada detalhe da construção, como as pedras, os nichos, as vigas de madeira, os entalhes. 

No coração do bairro encontra-se a Igreja de Saint Sulpice. Construída nos séculos XIV e XV e terminada no século XVIII. O estilo é gótico-flamboyant.

EGLISE DE SAINT-SULPICE



A velha igreja é em pedra granítica. As portas são maciças de madeira, com aldrabas e grossos ferrolhos. O teto abobadado é preenchido de madeira e há vitrais portentosos que filtram suavemente a claridade, trazendo a solenidade ao ambiente de oração e recolhimento. 


Os jardins em volta do prédio, são sóbrios e silenciosos, daqueles que levam à paz e à reflexão (além de gelado). 
Agora que nos avizinhamos do Castelo, decidimos almoçar. 


          EM BUSCA DO CASTELO E DE COMIDA 

Mas foi frustrante. Tentamos almoçar no restaurante Crepêrie Tivarro, com vista para a muralha. O restaurante é muito recomendado, com placas ao longo do caminho. Dizem que tem certificado de excelência, mas eu não apostaria nisso. Mal educados, descorteses, ambiente enfumaçado. Se tivéssemos ficado talvez saíssemos de lá defumados. Mas é até compreensível por se tratar de comida de fazenda. Devem reproduzir os mesmo hábitos rudes do meio rural. Nada do charme apregoado. Desistimos, assim como outras pessoas que estavam na fila atrás de nós. I'D NOT RECOMEND

Prosseguimos então rumo ao nosso objetivo maior: O grande Castelo. É uma construção altaneira. Cercado de muralhas de pedra e torres, depois de receber um longo abraço do Rio Nançon, que lhe serve como fosso. E aí vai descendo caudaloso em direção a parte mais baixa da vila. Fomos apreciando as altas muralhas e a grande Porta, ainda de pé. 
Porte de Notre Dame ao fundo



Nos tempos medievais havia quatro portas para entrada na cidade. Junto aos paredões do Castelo ainda persiste a famosa Porta de Notre Dame. Nos dirigimos para o lado esquerdo(oposto à Porta)  e com alguns minutos de caminhada nos deparamos com o  estacionamento para ônibus de excursão e veículos em geral. A seguir chegamos à Place Raoul II, na entrada do Castelo. Da praça para o Castelo se cruza uma pequena ponte sobre o Rio. É neste ponto que ele entra por um leito declivoso em volta das muralhas. 
Ah! Agora ficava mais fácil para almoçar. Várias opções de restaurantes. Escolhemos o mais próximo da entrada do Castelo, o Duchesse Anne. 

restaurante Duchesse Anne ( do toldo vermelho)

Com casas de arquitetura semelhante formava um belo painel ao fundo da praça.  As demais opções existentes eram todas recomendadas pelos guias locais, mas como não desconfiamos do guia local não recomendaremos.Apenas os enunciaremos, exceto o Duchesse, cuja comida experimentamos e que não desapontou. O vinho Bordeaux estava aveludado, muito saboroso, ficando melhor a cada gole. A comida,tipicamente francesa, consistiu num assado de costela de cordeiro, que estava verdadeiramente saborosa. Além do crepe salgado que minha nora pediu e aprovou. De sobremesa escolhemos o crepe Suzete que estava assim como se vê abaixo.hummmmm!!




Outros restaurantes na Praça: L'Auberge du Chateau e 


Crêperie Raoul II. Se prosseguíssemos pelas margens do Rio Nançon e subíssemos na direção da Cidade Alta logo encontraríamos outros restaurantes como o Galon ar Breizh, na Place Gambetta, o Boulevard Le Haute Seve ( na Jean Jaurés,37 próximo ao Tribunal), Au Cellier na Place Carnot, 1 - também junto ao Tribunal). 

E VOILÀ: O CASTELO DE FOUGÈRES


A HISTÓRIA
Um brief sobre o que foi esta fortaleza, que mais parece um castelo de contos de fada.

Tudo começou no século X, com a presença de vikings no ponto alto e rochoso, encruzilhada de uma parte importante do mundo antigo: Normandie, Bretagne, Maine e Anjou. A presença daqueles guerreiros do norte trazia preocupação à população local.
Mas foi no século XI que os bretões tomaram a iniciativa de edificar naquele promontório estratégico, um Castelo. Só para marcar território, pois o Castelo era de madeira e o Rei inglês Henrique II, o invadiu e incendiou. Foi quando o Barão Raoul II mandou reconstruí-lo em pedra. Uma medida sensata para uns povos tão belicosos. Esta edificação foi sendo enriquecida até o século XVII, quando a deram por concluída.

Muitos personagens da história residiram por ali ou apenas o usaram para defesa da região, Como o mítico Nominoë, Francisco II e Ana da Bretanha, dentre outros.
NO século XIV DuGuesclin ocupa a cidade e o baronato bem como as propriedade passam ao Senhor de Alençon.
Mas foi na Guerra dos Cem Anos, no século XV, que o destino da região foi selado. A cidade e o castelo ficaram afastados do conflito até o ano de 1489, quando Suriennes em nome da França tomou de assalto a fortaleza. Um ano antes a Bretanha havia sucumbido e passou a fazer parte da França.
Contudo, depois da anexação, entre os séculos XVI e XVIII o Castelo foi esquecido e entrou em decadência. As construções existentes no Pátio de Armas desmoronaram. O seu reconhecimento e a importância que lhe é dada hoje, só aconteceu com a compra da propriedade pela Comuna de Fougères, no século XX. Foi então declarado Monumento Histórico.

                OS INGRESSOS

A recepção com bilheteria e loja de souvenirs, está no nível térreo da praça. Lá se retiram os folders, pode-se comprar livros que falam da história do lugar e se recebe áudio-guias. O turista é orientado a descer aos subterrâneos, para ver um filme sobre o Castelo e apreciar as suas estruturas. Há elevadores para pessoas com pouca mobilidade. No retorno, é que se sobe aos portões de ingresso propriamente.

               O INTERIOR DA MURALHA

A edificação está muito bem preservada, dizem ser das mais bem preservadas dentre os Castelos/Fortes da Europa.

Como há um fosso em volta, o acesso se dá por uma ponte levadiça, muito estratégica na sua defesa. Junto ao rio, encostadas na murada oposta ao forte existem quatro moinhos, que foram restaurados recentemente e estão em pleno funcionamento.



Três torres estão erguidas na entrada. Uma central, onde os visitantes entram é retangular e as janelas na verdade são estreitas seteiras, que protegiam os guardas dos ataques dos inimigos. Esta é a Torre de La Haye de St-Hilaire. A divisão interna do grande forte,  contempla três áreas:
A primeira é após a transposição da torre, onde existe um pátio fechado. Pareceu-me área de segurança. Depois se transpõe outra torre interna e se ingressa no segundo ambiente, que é um largo pátio, gramado e ajardinado. Do lado esquerdo estão as ruínas dos casarões senhoriais, e a Capela (junto da Muralha). No meio um poço.


 No canto oposto à entrada está o ponto mais alto da muralha e o mais importante em toda a defesa do complexo. Belas torres ainda estão de pé e podem ser galgadas por escadas internas em caracol.

                    AS TORRES



Cada uma das treze torres tem um nome que relembra um acontecimento histórico, ou homenageia algum herói ou nobre.
Assim as torre lá no terceiro recinto de que falei acima se chamam: Gobelins e Melusine. Prosseguindo pelo lado esquerdo na direção das casas em ruinas, estão as Torres Surienne e Raoul. Todas lindas.
Passear sobre as muralhas é um muito agradável, desde que os joelhos aguentem tantas e às vezes íngremes escadas. Chegando ao alto, aprecie a paisagem, e a própria cidade de Fougères, tanto a alta como a baixa, visite a Capela.Também há um percurso para crianças com a fada Melusa  e o elfo Melusin (bisnetos da Fada Melusina, que dá nome a uma das torres).Eles vão contar para as crianças toda a história do Castelo. 




Agora, fechem seus livros de contos de fadas e saia do Castelo. Se tiver filhos, netos ou sobrinhos passe na lojinha contígua para levar espadas e toda a indumentária de um cavaleiro medieval, como roupas, armaduras, elmos e espadas. Faz o maior sucesso junto a turminha dos 5 aos 10 anos.


                DE VOLTA À CIDADE ALTA


Se não se satisfez com tudo o que viu, pegue o trenzinho na Pça Raoul e faça um passeio de 40 minutos pelos pontos turísticos da cidade. Eles levam você pela cidade alta e depois descem novamente para a Vila Medieval. É só uma diversão a mais e por ser guiada pode trazer outras histórias da cidade .
Mas se você estiver a pé, não se apavore. È tudo perto. Siga contornando o Rio, entre nos Jardins Públicos e passe por caminhos deliciosos, jardins floridos e arborizados, veja as lindas casas no contraforte da cidade alta. Não esqueça de cruzar  pela ponte interna da bela escultura de vidro, uma peça contemporânea que é denominada  “Obra à Vida”. Uma homenagem à vida.




Se tiver tempo faça o circuito literário. São pensamentos de literatos que amaram Fougères: Honoré de Balzac, Chateaubriand, Victor Hugo, Jean Guéhenno ( acadêmico nascido em Fougères). Estão espalhados pelas ruas, ruelas, praças e jardins da cidade.
Perdidos na cidade quem sabe vocês ainda encontrem  o prédio que expõem um trompe l’Oeil gigante, na rótula da Rue Gaston Cordier.
Finalmente, ainda há o belo Convent des Urbanistes Rue de la Caserne, 25, um antigo convento de freiras Clarissas-Urbanistas, que hoje abriga um conservatório musical e uma escola de artes plásticas. É belíssimo o prédio em pedra, janelas vermelhas. Regularmente acolhe exposições de arte.

Um lugar tão pequeno, mas com toda esta riqueza histórica. Vamos para SAINT MICHEL? Então me sigam na próxima postagem. Au revoir!   
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