sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

CINCO DIAS EM PRAGA


Praga merece um capitulo especial. Nada será falado aqui que não tiver relacão com esta fantástica cidade de sonhos.
Antes de me aprofundar nas lembranças, quero contar que recebi um email nos dias anteriores`a viagem, que dizia: FUI CONTAMINADA POR UM PÓ MÁGICO. clique aqui para maiores detalhes. Claro que deletei, me esqueci do assunto e fui arrumar as malas.
Como bons caxias que somos, assistimos aula até as 11 horas e no intervalo saimos para o aeroporto, com duas malas. Uma média e uma menor com produtos de toucador e uma bota de neve. No caminho para o aeroporto de Heathrow a neve caia fina e persistente. Ao chegarmos ao terminal fizemos o check in , passamos pela imigração e revistas de praxe e depois ficamos aguardando limparem a pista para o embarque. O voo atrasou bastante. O avião faria uma escala em Amsterdã e em seguida pegaríamos outro vôo da mesma empresa ,a KLM, rumo a Czech. Fiquei pensando nas apreensões do meu ansioso primo Edson (não embarca, com esta neve toda. O avião fica pesado demais, trepida muito etc.) Mas ao contrário,  ao levantarmos vôo saiu um solzinho frio e muito brilhante que mudou toda a paisagem. O céu foi ficando muito azul e parecia uma visão encantada, depois de tantos dias de gelo. Cinquenta minutos mais tarde voltamos a realidade aterrisando em Schipoll, na Holanda, toda vestida de branco.
Foi uma correria pelas esteiras rolantes e corredores infindáveis do imenso aeroporto, mas enfim conseguimos embarcar,  na última hora.
Em Praga, já havia escurecido, quando chegamos (embora fosse ainda de tarde). Temperatura? 14 negativos. Dirigimo-nos para o local de retirada das bagagens e esperamos, esperamos, esperamos....Nada! Como nada? Cade a mala? O aeroporto ja estava esvaziando, um ou outro funcionário passava rápido sem dar atenção para os dois perdidos e desolados passageiros. O nosso "transfer" ficava ligando e se comunicava em um inglês sofrivel conosco e nós respondíamos num ingles pior ainda. Decidimos ir ao balcão de reclamações, preenchemos os papéis de praxe, recebemos o "apologise" da atendente, com um aviso : se em três dias não aparecer,  vcs entrem em contato com a companhia .-  Como assim, em três dias?  E para hoje como ficamos. - Ah! A empresa oferece uma ajuda para esta noite, respondeu solícita a funcionária. Dirigiu-se aos fundos da sala e trouxe uma "necessaire" para cada um e um embrulho que a primeira vista me pareceu um pijama. Fiquei até feliz com a solucão e fomos embora. Lá fora um cidadão com uma placa Mrs Maria Graça,  nos esperava e logo, muito gentilmente, se ofereceu para transportar a minúscula mala com quase nada dentro,  para a Van estacionada diante do prédio. Dançavamos,  junto com o veiculo,  na neve escorregadia e assim foi até chegarmos ao apart hotel ( que por equivoco eu reservei, teria preferido um hotel). Era um prédio antigo. hummmm, mas muito bem reformado e confortável por dentro. Tudo que se exige num clima tão severo, como o de Praga.
Fomos para o banho e ao abrirmos os souvenirs da KLM , a awful (horrível) empresa que nos deu este aborrecimento, descobrimos duas camisetas brancas, extra large, e produtos para banho. Nada mais.  Foi um susto e uma decepção. Tratamos de ir logo para o centro comercial para comprar roupas intimas e camisas para trocar, mas já encontramos todas as lojas fechadas. Nos conformamos e fomos passear e comer. Tivemos sorte em descobrir uma casa de chá que se prontificou a abrir a cozinha e fazer alguma coisa para jantarmos. Isto, mais um bom vinho Tcheco, nos reconfortou. Meia noite, tempo de menos 14 graus e as ruas cheias de gente alegre, passeando. Alguns cambaleando pela neve de uns 30 centímetros, um cheiro de vodka no ar. (eis aí a origem da palavra boemio, da Bohemia, província onde fica Praga)
Dia seguinte: Tomavamos o café da manhã, muito saboroso e farto, num hotel cinco estrelas em frente ao apart. Nos ultimos dias de estadia os empregados já achavam que eramos hóspedes, devido a frequência.
 Saimos a pé até a beira do Rio Vltava, onde apreciamos na esquina  mesmo o grande e imponente NATIONAL THEATRE (1865-1881).
A neve  cobria tudo, os telhados, as calçadas, as pontes, os carros, mas no momento não caia.


Continuando pela beira do Rio até a Ponte Charles, apreciamos o conjunto de torres Novotneho Lavka - Water Tower, do 14o. século.

A Charles Bridge mereceria também um capítulo especial só para cantar suas belezas. Tá certo que Paris tem a Ponte mais famosa, mas a concorrente do leste,  tem uma ponte cheia de estátuas, enegrecidas pelo tempo, tão autênticas que se tornam inigualáveis. A vista de todo o entorno é realmente de deixar a pessoa em êxtase.





A partir daí entramos nas tortuosas ruas medievais e fomos abordados por muitos vendedores de ingressos para os concertos, pelos quais eu estava ávida. Mas preferi adquirir ingressos numa das salas mais famosas, que é a do Municipal House.


Depois tratamos de ir ao centro turístico que fica na Old Town Square para informaçoes sobre um city tour.
Sempre é interessante uma visão geral da cidade, com relatos confiáveis sobre a parte histórica, para depois se optar por onde rever, ou visitar o que faltou , de acordo com livros guias da cidade.
A excursão que pegamos focou mais no Praga Castle, mas também passou pelo bairro Judeu (no centro), onde fica um antigo cemitério e uma Sinagoga que desde 1300 está em serviço ( foto abaixo).


 Neste bairros as casas estão muito bem cuidadas e restauradas, e nelas estão instaladas lojas de grife, como Dior, Chanel, Cartier e outros.


O Castelo é uma cidadela ( mede 570 x 130), não apenas um prédio, mas muitos prédios que foram utilizados por Imperadores Romanos, Austríacos, e pelos Presidentes da República, comunistas e pós, inclusive o atual tem seu Gabinete lá. O bairro em que está situado se chama HRADCANY).



Ao meio dia pode ser vista  a troca da guarda, com muito rumor e música (era sábado, talvez seja por isto). Não sei se nos dias de semana eles usam fazer toda a cerimonia que assistimos. Indo para o interior da forticação, num dos pátios encontra-se a Catedral de S. Vito,



 com um estupendo caixão de S. João Neponuceno, em prata. No mesmo âmbito encontra-se a Igreja de S. Georg, do seculo 10 (ano 970) que está lá, muito bem conservada para nosso gáudio, em pleno século 21.

Incrivelmente foram encontrados ossos dos padres  enterrados na cripta e objetos da época que são expostos ao público. Voltamos posteriormente e visitamos outras partes do Castelo abertas ao público, sala do trono, jóias etc..que hj pertencem ao Estado Tcheco.
Nos dias subseqüentes ainda visitamos a Igreja do Menino Jesus de Praga, que fica aos pés do Castelo, na Lesser Town, mesmo bairro onde estão situadas as embaixadas dos maiores países da Europa e Estados Unidos e também a Igreja de S. Nicolau.


No mesmo sábado ainda fizemos uma programação a noite: foi no  Municipal House para ver um concerto de Bach, Bethoven e Mozart, com direito a um jantar no belo restaurante do Teatro, ou melhor, no restaurante do belo teatro...Nem sei mais a ordem das coisas nesta cidade que esbanja bom gosto e harmonia.
Aqui se come bem e se bebe melhor ainda. A cerveja é famosa. O vinho não é famoso, mas não houve erro em nenhuma das escolhas que fizemos.
A comida tradicional TCheca só experimentamos no restaurante do teatro. É bastante adocicada. Não gostei. Eles servem  a carne com uma espécie de pão, bem doce. Como a carne já não tem sal predomina o sabor doce, o que eu acho que não é do gosto dos brasileiros. Meu, pelo menos,  não é. Nos outros dias procuramos restaurantes com cozinha internacional e comemos muito bem. Tudo ali mesmo na OLD TOWN.
No domingo assistimos a outro  concerto na Igreja de St Michel. A igreja estava gelada e os bancos eram desconfortáveis, o que foi esquecido pela impecável apresentação das músicas de Strauss e Chopin. Tudo de primeira linha, inclusive os intérpretes. Um programão.
O artesanato local é focado no cristal da Bohemia , nos ovos de madeira ou vidro, nas matrioskas e em muito artesanato. Como estamos na época do Natal, as praças da cidade estão cheias de barraquinhas ( os Christmas markets) que vendem toda a sorte de produtos para a ocasião, além de souvenirs e comida, cheirosa, algumas preparadas a moda medieval (porcos inteiros assados no rolete).


O melhor shopping Center de lá se chama Palladium. Seria redundante falar que se trata de um belo prédio, localizado em frente a Municipal House... Tem todas as grandes lojas aqui da Europa. As mesmas que se encontra em Londres. Achamos botas e outros trajes de alto inverno mais baratos que em Londres e compramos botas de neve para as crianças, na faixa dos GBP 40 ou menos.
A OLD TOWN SQUARE

É o coração da cidade. Tudo acontece ali e não é de hoje. Na idade média por exemplo, muito inimigo foi enforcado naquele local, sob os olhos ávidos de sangue das turbas assistentes. A população viu o desfile de dominadores romanos, bem mais tarde os nazistas entrando  na praça fincaram os seus tacões na bela metrópole e por fim vieram os russos, que deram um banho de sangue na famosa Primavera de Praga. Nenhum deles ousou destruir aquela maravilha.
Voltando à Praça física, nela existem muitos prédios medievais, pinturas nas paredes, pedras trabalhadas e a torre do relógio. No seu alto o arauto, até hoje,  toca sua corneta, ao vivo e  de hora em hora, aparecendo nos seus  quatro lados e sendo efusivamente saudado pela multidão de turistas que nela se aglomera.

 A praça não é regular, ela dá voltas, contorna prédios, sempre oferecendo uma surpresa aos olhos do visitante . Esta torre de que falo acima, abriga o famoso relógio astronômico, que é uma peça belíssima (acostumem-se com os meus superlativos) datada do 1410. Funciona perfeitamente até hoje.


O prédio que mais me encantou em toda Praga e que se localiza na Old Town Square, foi a Igreja de Nossa Senhora antes do Tyn (tradução direta, não sei do que se trata). Mas o edifício, que data de 1350 é desconcertantemente belo. Eu ficava parada diante dele acreditando que tinha caído em algum livro do Harry Potter, ou em outra história de bruxas e mistérios (tão bem exploradas nesta incrível cidade). Não é possível que um prédio medieval esteja tão preservado e tão presente, tão pulsante na vida daquela cidade nos dias atuais. 

Diante desta igreja, bafejada também pelo milenar censo estético encontra-se a árvore de natal da cidade. O efeito de luzes sobre ela é o mesmo da neve caindo. Não sei como os comerciantes de Paris, Londres ou N. York ainda não copiaram. A fotografia  não retrata o real,o brilho e o movimento. Pena, pois gostaria de partilhar essa visão com todos voces.

 Retornando à Igreja do Harry Potter ou melhor, de Nossa Senhora before Tyn, posso afirmar que a arquitetura é de livro de ficção,  não é de realidade.  E com a visão do mais deslumbrante  edifício de Praga  eu faço um ponto final por hoje. Ainda posso retornar ao assunto se me lembrar de informações úteis para passar a quem pretender viajar para a mais bela cidade do mundo.
Com as temperaturas oscilando entre menos 17 e menos 6 de madrugada, e menos 6 e mais 1, à tarde fomos voltando devagar à realidade. No dia do retorno uma grande nevasca se abateu sobre Paris, nossa escala, já que viemos com a co-imã da KLM, a Air France. Ficamos  retidos  toda a tarde no aeroporto Charles De Gaulle.
Ah! E a mala? Bem, chegou uma semana depois, aqui em Londres, as 11,30 da noite de um sábado gelado.
Mas o que importa, não é mesmo? Que falta me fizeram  as roupas que não usei, ou o tempo que gastei em Paris, confinada no aeroporto vendo a neve cair em flocos lá fora?....Nada se compara ao encantamento e a paixão avassaladora que me assaltou, pela mais impressionante cidade que visitei. Foi o pó..o pó mágico que me contaminou, o pó do tempo e do mistério que impregnam cada pedra desta  deslumbrante cidade injustamente chamada de Praga.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Neve em Londres

É, enfim a neve tomou conta da paisagem.





weather forescast passava boletins diários sobre a proximidade da neve, mostrava paisagens geladas da Escócia, Irlanda e Pais de Gales, mas os londrinos estavam incolumes e assim ficaram por muito tempo. Até que, numa cinza manhã de outono ela chegou. Toda de branco, manchando os telhados, parques e jardins. Uma paisagem daquelas, por trás da vidraça, dava a impressão de exigir uma montanha de casacos (os, literalmente,  sobretudos) para o grande momento do confronto. Mas incrivelmente não. A lufada de vento ao sair de casa era a mesma dos outros dias, ou até menos intensa. Caminhar tornou-se um exercicio dificil, porque a neve havia compactado e as calcadas estavam escorregadias.



Nossas roupas de inverno mostraram-se, de fato, insuficientes para este frio congelante. As luvas de couro não aqueciam . Cheguei a usar duas luvas. A mão parecia mecânica. Fiquei assustada, desconfortável. O  ultimo " freezing" que peguei foi em Porto União- SC em agosto e eu adoeci. Precisei de tratamento e por muito pouco nao fiz cirurgia (duas semanas antes de vir para ca).  Maus pensamentos  me assaltaram. Fiquei  pensando nos filhos e familiares que estão vindo passar o Natal conosco. Meus netos devem gostar de brincar na neve, pois já ensaiaram uma patinação no gelo, em Campos do Jordão, julho passado.  Mas e os  adultos, como encarariam? Tudo molhado, gelado.
Fiquei melancólica. Achei que tinha, enfim, chegado o momento de encarar uma Londres mais dificil e com menos charme. Ainda nao estou convencida do contrário.


Ontem nevou menos. Hoje porém ela voltou com força. Até o centro da cidade que não acumula neve com facilidade ficou branco. As árvores se enfeitaram para o Natal. Parecem artificiais. Os flocos de gelo que as ornam,  se seguram com dificuldade nas extremidades dos galhos.
Ela  caiu macia. Permitia que se caminhasse normalmente, afundando os pés. No centro da cidade, como há mais gente e as calçadas são mais pisadas, ela misturou-se ao asfalto, ao barro e virou lama em alguns pontos. As botas de urso polar que comprei ontem salvaram a patria. Elas não permitem que se perca o calor do corpo. Mantém os pés aquecidos.
Para mim cessou qualquer vaidade. Um frio como este nao facilita a elegância. O que se precisa é de casacos muito pesados e com tanto volume  a pessoa fica com aparência de esquimó.
Ontem um brasileiro aqui da escola, deu dicas de onde comprar roupas de marca por preços bons, do jeito que brasileiro gosta. Fica muito próximo daqui, ao lado da estacão Tottenham Court do Metro - Central Line, na  Charing Cross, 120. A loja e a T.K.Max. É loja de garimpar. Tem roupas masculinas e femininas, perfumes e doces, malas de viagem  e sapatos. Vejam preços: casaco do Michael Kors, bem urso polar (impermeável) e na altura dos joelhos, £99, mala média Pierre Cardin, com 4 rodas, £49,90, Botas forradas de pele (sem grife) £42,00. Quem conhece Michael Kors sabe que estou falando de preço muito baixo, pois capas semelhantes na Harrods ou no Westfield Shopping Centre custam entre £255  e £1000 ou até mais.
Voltando a problemas mais emergenciais do dia a dia informo que  os meios de transporte estão cada vez mais difíceis. Muitas greves com paralisação do metrô. Os taxis negociam as corridas, quase como na Grécia (só vão para onde querem e não para onde o passageiro quer). Nos finais de semana, o Lord Ingles que  dirige o Transport of London ( sim porque pela elegância da carta deve ser um tipico Lord Ingles), manda correspondência avisando das linhas do underground que vão permanecer fechadas ou parcialmente fechadas. Nada facilita a vida do londrino.
Dizem que as interdições são para melhoria do sistema. A gente acredita, nao tem do que duvidar, mas que não é  fácil, ah, lá isto não é. Se voce estiver se preparando para vir a Londres leve em consideração estas informações e ainda mais que muitos aeroportos estao fechados aqui como no resto da Europa. Os aviões em Gatwick, hoje pela manhã estavam cobertos de gelo.
Heathrow está funcionando.
Mas Londres continus linda. . Portanto os delays e outros desconfortos ficam como curiosidade, apenas. É só respirar fundo e dizer : it doesn't matter.
Amanhã vamos para o leste Europeu passar uns dias (se conseguirmos). God Bless Us (a gente sabe que ELE protege os insanos e das criancinhas). Bjs Graça Londres

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

REAVALIANDO

Viajamos, fizemos prova e depois viajamos de novo, dai a demora em postar esta nova informacao. Mas la vai.
Pois é, estamos há dois meses aqui.Vamos ver o que valeu a pena e o que poderia ser revisto
SOBRE O CURSO E A ESCOLA

A escola é boa. A minha evolucão em ingles esta fantástica. Consigo entender relativamente os jornais, os telejornais, os avisos do metro, e os professores na escola. Também falo nas lojas e onde for preciso, faço compras e me viro. Antes eu me comunicava, com um ingles básico e se a pessoa tivesse boa vontade dava para uma rápida conversa. Hoje não. Tenho lido jornais, ou reportagens, acho que tive um belo progresso.
Já o Toninho sinto que ele passou por dificuldades em entender, talvez mais porque tenha problemas de audicao, já que ele  começou  em estágio mais avançado que o meu e  já dominava a lingua razoavelmente.
Neste ponto eu espero que a gente volte para a casa com um "upgrade" para continuarmos estudando na Cultura Inglesa, que fica perto de casa.
Se eu começasse hoje,  me matricularia  também num curso mais específico,  a tarde, direcionado para as minhas  dificuldades (uso dos tempos verbais e enriquecimento de vocabulário).  Durante a semana temos tres horas de aula por dia, saimos para almocar ( agora num restaurante brasileiro na Oxford Street, assunto ao qual voltarei mais a frente). Passeamos pelo entorno e vamos descobrindo novas atracões nesta inesgotável cidade). Depois retornamos para a escola e estudamos até a noitinha. Ficamos no Laboratório, seja no computador ou na Biblioteca.  Retornamos para casa as 6 e chegamos por volta das 7. Relembro que  16 horas, aqui nesta epoca do ano, já e noite.
O ambiente da escola é voltado para jovens, mas não há um embaraço com a presença de mais velhos. A sala de aula pode ter ou não agradável convivio. Vai depender das pessoas que frequentam. Nao sei se a escola tem preocupacao com isto. Agora por exemplo fizemos prova e mudamos de nivel. Eu passei para o "medium intermediate". No mês anterior tinha feito prova e passado para o nivel B do low intermediate, que significa esgotar o livro que nos foi dado no inicio do curso. Nesta nova fase mudamos de livro.
A classe anterior era muito alegre. Os colegas eram afáveis, o clima sempre de bom astral, apesar da variação de idade. A sala era diferenciada. Ate os professores comentavam isto. A atual é o contrário. Existe até uma certa hostilidade no ar. Coisas de desamor entre paises. Na Europa e em especial na Inglaterra prevalece a cultura do sussurro. As pessoas falam muito baixo e nunca reclamam (exceto nas exhibitions) . Então nós brasileiros e outros povos europeus, os quais prefiro nao nominar, gozamos de fama de mal educados porque falamos  mais alto.  Mas de todo modo as pessoas se movem baseadas em estereótipos. As pessoas não conhecem nada do Brasil e fazem um juízo pela midia sensacionalista. Temos uma imagem de povinho para muitas pessoas, mas elas são incultas a gente pode perdoá-las.

AVALIACÃO SOBRE AS ROUPAS TRAZIDAS

O frio está forte, o ar é gélido, a neve esta anunciada para amanhã. Ontem fomos buscar reforço de roupa na Oxford Street ( loja Adidas, secão de ski). Compramos blusa térmica para usar por  baixo da roupa.
Voltando as minhas bagagens, para comecar eu deixaria em casa qualquer sapato de salto (exceto um confortável e social para usar nos teatros, porque aqui o pessoal leva a sério ir ao teatro e shows, sempre muito bem vestidos). Mas botas de salto, nem pensar. Tive que comprar sapatos ultraconfortáveis para andar  e encontrei na Clark. É, feinho, mas macio e quente que é uma beleza.
Quanto a roupas, fez falta trazer casacos curtos. O periodo de outono pedia casacos curtos e eu só trouxe casacos longos e ainda comprei mais aqui. Não pretendo pagar muito excesso de bagagem, portanto estou me controlando nas compras. Mas sweter não é preciso trazer. Aqui se compra a quilo. E só ir na PRIMARK (vc vai achar uma caminhando na Oxford Street), e encher a bolsa com uma blusa de cada cor. Custa entre £2 e £5 ( R$6,00 e R$15,00). De melhor qualidade e possivel comprar na BENETTON ( na mesma avenida). Aliás existem inumeras lojas de departamento com roupinhas baratas, para o dia a dia, ao longo da Oxford - NEXT, H &M, ZARA, Marks & Spencer, John Lewis e outras.
Bijuterias não tem como usar, a não ser brincos, porque se usa luvas e muitos casacos. Eu nunca usei nada além de anéis e brincos. Até cintos para mim foram excessivos pois uso blusa sobre a calça e usei muito pouco os cintos trazidos. Por enquanto não foi necessário usar pijamas pesados, porque as casas são muito aquecidas. Tem noite que a gente rejeita o cobertor.
Já na mala do Toninho fez falta roupa mais pesada ( casaco longo) e bota. Mas ele resiste muito quando se trata de vestir ou comprar roupas desse gênero. Por ora comprou apenas blusas de lã e uma capa de chuva. Mas ele vai acabar se convencendo que e necessario botas forradas de pele e um belo overcoat, sem dúvida.

SOBRE ALIMENTACÃO

Todos os dias almoçamos fora, claro. Já corremos bastante as imediacões e focamos em alguns italianos, Estrada e La Pasta, no frances Cafe Rouge e no Libanes Safadi. Os precos em media são de £40 para os dois, o que equivale a uns R$120,00.  Esta semana encontramos um colega brasileiro que nos ensinou um restaurante brasileiro  na Oxford Street ( dá para ir a pé, da escola), e hoje já é o segundo dia que almoçamos lá. Estou no céu. O restaurante é simples e baratinho. Pagamos em média £16 para os dois ( vive la diference). O "MOTA CAFÉ"  fica no mezzanino de um prédio perto da Tottenham Road Station. A comida é correta e saborosa: arroz, feijao preto e feijao carioquinha, bife ( tem mais opcões de carne) , saladas, farofa e uma imitacão de couve na manteiga  (porque aqui nao tem couve). Sucos de cupuaçu, Açai e muitos outros. Sobremesa : pudim de leite condensado, beijinho, brigadeiro. Parece que tem guaraná, mas estou preferindo sucos.
Assim, deixo os restaurantes franceses para os finais de semana ou para quando estivermos em PARIS.

VIAGENS

Esta certo que estudamos "hard", mas ninguém é de pedra e como o Toninho fez aniversário, fomos a Cambridge e depois a PARIS. Deleitem-se com algumas fotos. Cambridge é linda, tem até gondoleiros. Fiquei encantada, com a beleza dos College (as universidades), que datam de 1200 em diante.



 Já a velha e conhecida PARIS, esta continua um sonho. Os parisienses, nunca vi tão afáveis e simpáticos. Gastamos o nosso francês (da antiga Aliança Francesa de Mme Lenard). Eles acham isto simpático. Comidas saborosas e muito mais baratas que aqui em Londres. Desculpem a expressão, mas tiramos a barriga da miséria. Comer no Quartier Latin é um bom exercício gastronômico, mas tambem fizemos uma incursão pela George V, porque afinal era aniversário.












Entusiasmem-se com as fotos e planejem uma viagem também.
Ah! Ia me esquecendo, fomos de Eurostar. Muito bom, em duas horas ( saindo de St Pancras Internacional), estavamos na Gare du Nord em Paris.



Quando se passa sob o mar a sensação é igual a que se tem no avião, dá aquela pressão no ouvido. Mas foi bom.
Calorosos abracos e até a próxima postagem Graça Londres.

domingo, 7 de novembro de 2010

MERGULHANDO EM LONDRES

Temos saído diariamente na London Turistica. Não falta lazer nesta cidade. Teatros, Museus, Galerias, Shoppings, Concertos, Musicais, Parques, ruas coloridas e cheias de gente, Trafalgar, Picadilly, restaurantes.A vizinhança com a escola nos permite ir a pé  até Leicester Square, onde se concentram cinemas,  teatros e restaurantes. A vida é punjante nesse local,  colorida, tudo respira a civilização.
Numa média de 2 vezes por semana aportamos em algum museu vizinho da escola (British ou as Galerias ( National Gallery ou a Portrait Gallery), como já tive oportunidade de falar. Mas quando o dia é de sol total ficamos em locais abertos, como por exemplo a Torre de Londres, onde passamos a última quinta feira. A vista do local é linda. De um lado o Rio Tâmisa, despoluido, com patinhos e outros aves, do outro a London Bridge, a ponte mais linda da cidade  . Pode-se ver ainda , por entre as torres, os prédios futuristas do entorno. Tudo se harmoniza em Londres, a London Bridge e  a London Eye, A London Tower e os hiper modernos prédios de vidro.
No último final de semana choveu um pouco no domingo e fomos ao  Museu de História Natural ( que fica na estação South Kensigton – linha Picadilly do Underground, com saída bem sinalizada . Vale a pena  ser visitado. Se  o leitor tiver filhos a partir de 6 anos, este é um bom programa para crianças. Só a seção dos dinossauros vale a visita.


 Os bichos se movem e fazem barulho. Os grandes animais também despertam o interesse dos  baixinhos: Leões, Tigres, elefantes, girafas e outros, empalhados, tem aparência muito real.


 Hoje, contudo, descobrimos a Londres mais dos ingleses. Saimos pelo nosso bairro. É um bairro luxuoso, de casa harmoniosas e  belíssimas mansões, que sempre fizeram parte do meu imaginário, desde a infância.
A foto acima foi tirada durante a semana, num dia de garoa.
Nesta charmosa época do ano, o outono, o bairro está todo colorido de vermelho e amarelo. As calçadas estão forradas de folhas das mesmas cores, e para mim é um tapete colorido com as cores  quentes da estação.  O bairro como disse é encantador. Além das belas casas e mansões, ainda tem velhas igrejas de pedra e outros prédios públicos muito antigos e também feitos de uma pedra que varia entre o gelo e o cinza. Ë uma festa para os olhos.
Neste bairro (Ealing) se localiza também o Kew  Garden ( o famoso Jardim botânico) . É um caso a parte.Passamos praticamente o dia lá. Eu fiquei realmente perplexa com a luxuriante paisagem outonal do parque. Além dos carvalhos, plátanos e outras árvores próprias deste clima, o parque possui castelo, lagos, estufas com plantas tropicais, parque infantil, salas de brinquedo, pintura e pequenos animais ( esquilos, patos e cisnes).
Acho que as fotos falam melhor que eu.

Mas antes das informações mais gerais de como chegar ao KEW PARK, vou falar da festa de hoje.
Agora a noite fomos a tradicional festa “bonfire night”. Fomos a um clube aqui vizinho para ver os fogos de artifício. Ë uma festa como a de São João no Brasil, com muitos foguetes e fogueiras. Pareceu-me uma  festa bem dos ingleses, pois não vi pessoas de outras nacionalidades ( pelo menos aparentemente), na festa.Além dos fotos há comidas, bebidas  e algodão doce . As famílias do bairro lotaram o espaço, mas hoje por toda a cidade se festeja  a data.

Voltemos ao
KEW PARK (BOTANIC’S GARDEN)



Para se chegar ao Kew Park, tomar o metrô até Ealing Brodway. Depois pegar em frente a estação o ônibus 65 (vermelho de dois andares, rsss que óbvio!) para Kew.  Ficar  atento para as informações no painel luminoso do ônibus. Ele informa sempre a próxima parada. Mas fique descansado, aperte a campainha na frente ao seu banco e saia devagar porque eles esperam. Pelo fato de  o ônibus ter dois patamares, eles aguardam a saída dos passageiros de cima também. Na volta é a mesma coisa, pegar o ônibus 65, direção Ealing Brodway,  descer  no ponto final que fica na frente da estação do metrô.
INFORMACÕES SOBRE SERVIÇOS NO PARQUE
O parque tem restaurantes aquecidos, muito lugar para criança, além de lojas com souvenirs de muito bom gosto. Nesta “saison”, já pipocam os belíssimos enfeites natalinos, os famosos cakes ingleses de natal ( minha grande paixão e eu faço um todos os anos em casa, para inglês nenhum botar defeito). Latas de biscoito, etc...Uma festa para os olhos.

Há bastante banheiros, locais para bebês e cadeirantes (disables). Os banheiros são aquecidos , muito limpos e tem papel higiênico e agua quente nas torneiras. Ou seja, conforto necessário nesta estação . Hoje o dia estava especialmente frio apesar do sol, que BRILHOU o dia todo.

Há facilidades  de entrada de cadeira de rodas  nas grandes estufas, mas não vi rampas.
Os ônibus têm escadas próprias para cadeiras de rodas, também.

Existe um ônibus, do tipo bondinho, que percorre todos os quadrantes do parque. Para os descansados ou para  os que tem dificuldade de locomoção é uma excelente opção.
Fico por aqui. Até o próximo passeio.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

MUDEI DE PLANETA

Caros visitantes, voces nem podem imaginar o que é sair da mesmice do dia a dia e abrir perspectivas para o Mundo. Nem diria o nosso  planeta porque já me disseram que ele  é do tamanho de uma ervilha, mas diria romper com todas as fronteiras e partir para um desconhecido fantástico. Viver a cada minuto experiências novas e estar aberto para saborear intensamente cada novo aprendizado. Hoje por exemplo eu entrei na sala de aula e a professora nova me cumprimentou. Eu respondi com um fine thanks and You. E ela me respondeu que ficava feliz que eu estivesse bem, mas que ela não tinha perguntado nada sobre mim, apenas me cumprimentado. É um outro enfoque. Achei engraçado e lancei um "sorry", mas o que eu quero dizer com isto é que eu não posso me fixar no que seria uma grosseria no meu país,  mas pensar em como isto soa para o inglês. Tenho certeza que a professora quis me passar este ensinamento. Nào é uma maneira leve de tratar o semelhante, mas é o jeito de ser deles. É preciso aprender para pode conviver.
Por outro lado, pequenas descobertas relativas a própria sobrevivência vão acrescendo conhecimentos: como usar máquinas públicas, conseguir preços mais baixos em transporte ou outras compras, enfim tudo é novo, portanto nem um dia é igual ao outro. Isto é absolutamente saudável. Se eu estivesse em São Paulo estaria vendo televisão, lendo um livro,  indo ao shopping, cuidando das plantas e eventualmente fazendo a coisa que mais me agrada ( e da qual eu sinto muita falta - brincar com os netos, ver os filhos e noras).Aqui todo dia é dia de visitar museu, eventualmente ir a um musical, ver uma exposição, visitar um ponto turístico ou simplesmente vagabundear pela Oxford Street, sob o clemente sol de outono.
É demais .......ou está na medida do que precisamos para que a vida continue  bem? Deixo ao seu critério a avaliação.

Nos países do Norte, o frio chegou intenso. ë minha opinião de brasileira que vive na serra paulistana, ou seja opinião... quase imparcial.
Abaixo, fotos das andaças do último fim de semana.

Escolhendo tamancos holandeses para os netos em Volendam - Holanda


Mercado flutuante de Flores em Amsterdã






Vista de Amsterdã a  partir de um tour de barco



Neve em Brugges - Bélgica



domingo, 17 de outubro de 2010

CIDADE ENSOLARADA


PONTOS TURÍSTICOS DE LONDRES E ADJACÊNCIAS




London Eye - enorme roda gigante que gira lentamente e dá uma vista fantástica de toda a cidade. A volta demora meia hora, e a cabine é parecida com as dos bondinhos do Pão de Açucar.É bem segura (domingo 10 de outubro)




Tower Bridge. Linda, vale a pena uma visita ao seu interior (domingo 10 de outubro)




Cruisse pelo Tâmisa. Quem compra o passeio de ônibus tem direito a um passeio de barco (domingo 10 de outubro)





Ponte dos Suspiros - Oxford sábado 16 de outubro





Centro de Oxford



Casas de pedra em Cotswolds - interior da Inglaterra





Casa onde pode ter sido criado Shakespeare em Stratford Upon Avon sábado 16 de outubro



Casa onde viveu Shakespeare (sábado 16 de outubro)

ALGUMAS DICAS

Algumas dicas de como se virar em  Londres

                Como usar o metrô:
O meio mais fácil que encontramos foi comprar o Oyster Card. Existe um site que mostra como é o cartão,  como usar e como identificar os locais de recarregar e de passar na catraca.
O primeiro  Oyster nós compramos na bilheteria. Até hoje não sei se ele sai pelas máquinas de  auto atendimento.
É similar aos cartões fidelidade do Metrô de São Paulo. Trata-se de um cartão de plástico (como os cartões de crédito). É um cartão pré pago. Você deve recarregar, antes que acabe senão pode levar multa. A recarga é feita nas máquinas de auto serviço existentes nas estações do metrô. Vc  vai seguindo as orientações que  aparecem na tela e paga com cartão ou dinheiro. O dinheiro quando está dobrado ou meio amassado é rejeitado, então achamos melhor pagar com o cartão, no débito ou no crédito.
Há ainda cartões semanais, que representam uma boa enconomia, para quem vai ficar uma semana ou mais. A faixa de preço é de 28 libras, mais ou menos e se pode andar na região escolhida, de metrô e tbém de ônibus.
Há nas estações guardas sempre atentos  que correm quando vêem alguém se atrapalhar com o uso da máquina. Se você precisar e não ver um por perto procure-o. Eles são solícitos, atendem bem 
                                       MEIOS DE TRANSPORTE
O trânsito de São Paulo é soft perto do daqui. Nas  noites de final de semana,  as ruas ficam entupidas. Não se vai nem pra frente nem pra trás.  Também assim nas estradas. Em geral o trânsito é caótico e existem poucas opções de estacionamento no centro. O uso do carro é desestimulado pelas autoridades de trânsito. Taxis não são fáceis de pegar. Os mais disponíveis são os táxis de ciclistas, que puxam um carrinho onde cabem duas pessoas. Ainda não usamos mas pode ser interessante para driblar o trânsito. Mas eles circulam ali pelo centro (Picadilly e adjacências) , não os vi nos bairros.
Assim, o metrô segue sendo a melhor opção, mas  o serviço deixa a desejar.  O sistema é velho, a malha é extensa e se espera bastante tempo ( para o meu gosto ) nas  estações. O tempo que se espera aqui ( até 8 minutos) seria impensável para São Paulo, onde o pessoal reclama de barriga cheia..
Nos finais de semana as linhas podem parar, ou trechos. Há que se ficar atento.
Os taxis, chados de Cab,  circulam sempre cheios. Para pequenas distâncias os preços são razoáveis. Existem lojinhas ( os pontos) aos quais vc recorre quando precisa de um e eles chamam o mais próximo.
COMIDA
Por falar em barriga cheia, estou com um buraco na minha. Estou comendo cada vez menos. Há restaurantes  de todos os tipos e nacionalidades, franceses, italianos e orientais. A pior comida é a inglesa. De longe.. Mas comer na rua todo dia é enjoativo. Os sucos em geral são artificiais. Até agora só encontramos suco natural num restaurante SAFADI,  libanês, s que fica na Hight Holborn ( avenida perto da escola).
O que nos salva do gosto ruim na boca são os sorvetes. Só lamento que estar comendo cada dia menos ainda não tenha surtido o efeito mais desejado:  emagrecer.
TEATROS
Os bilhetes comprados pela internet são o dobro do preço das bilheterias oficiais espalhadas pela cidade. Na estação de metrô LEICESTER SQUARE ( próximo as catracas) existe uma lojinha que vende  ingressos. Há possbilidades de compra para o mesmo dia.
AS PESSOAS  E COMPORTAMENTO
Como toda a cidade cosmopolita, aqui vicejam todas as tribos.Há os extremamente gentis e solidários,  existem pessoas de todas as raças e nacionalidades,não causa espanto as explícitas manifestações de carinho entre casais do mesmo sexo, nos espaços públicos. Os trajes são livres, totalmente. Há quem use sapatos com um pé diferente do outro, os cabelos podem ter 3 ou 4 cores. Os cortes radicalizaram. Tem mulhere com a metade da cabeça raspada e a outra com um lindo penteado.
Eles gostam de beber. Depois do expediente é usual ver as pessoas tomando suas cervejas na calçada dos pubs.
Mas existe uma coisa comum para toda esta gente: o falar é quase sussurrante. Ninguém levanta a voz, não existem discussões acaloradas ou gargalhadas, onde quer que seja. Eventualmente isto pode acontecer com grupos de estudantes colegiais, mas não é bem visto. Há uma censura social a loud voices.
Na escola vejo que os grupos se formam por nacionalidade. Mas me parece uma coisa meio que de sobrevivência. Os afins se procuram. Minha classe é de italianos, coreanos e brasileiros 9 pessoas.    um relacionamento cordial dentro da sala, nada muito efusivo, no final os grupinhos se reúnem e cada um fala no seu respectivo idioma.
Acho que as amizades devem se formar no trabalho, com um convívio mais intenso. Não me parecem que eles sejam de muitas reuniões ou amizades variadas. Mas isto ainda não é uma constatação, é uma vista superficial.
Vou postar fotos das últimas viagens e passeios para não fica muito atrasada nas informações. See You later.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

STARTING

Primeiro dia de aula. Marcamos para acordar às 7 horas da manhã  pois deveríamos estar na escola as 8,45 horas. Aí percebemos que com toda a tentativa de inaugurar uma pontualidade britânica, não conseguimos chegar a tempo e a hora. Pois o nosso endereço é longe. Pegamos uma só linha, a azul (Picadilly Line), mas leva 40 minutos. O trem é lerdo e não tem hora pra chegar. E o pessoal reclama do nosso metrô de São Paulo, que é coisa de primeiro mundo.
A escola já tinha a previsão do atraso dos alunos e quando chegamos as 8:55  na verdade eles apenas estavam recepcionando os estudantes novatos, mostrando a escola e falando das regras. As aulas iniciaram as dez e trinta. Foi um stress, achei que nunca iria entender o que falavam. Toninho teve a mesma impressão. Hoje está mais light, mas mesmo assim temos que redobrar a  atenção para não perdermos o fio da meada. Afinal concorremos  com pessoas bem mais jovens.  Foto abaixo: Toninho estudando na Library


Temos 3 horas aula de gramática, conversação, fonética, e oitiva e duas horas a tarde, de prática.
Nos intervalos fazemos passeios. A escola é no Centro e muito perto do British Museum. Dá pra ir a pé. Estamos vendo o Museu  por seções, pois dispomos de tempo pra ver tudo com calma.
 Já passeamos pelos principais pontos da Capital, como o Parlamento com Big Ben,





 Abadia de Westminster, ligeira vista do Regent Park , Saint James Park e Buckingham. Muito bom passear a pé nas ruas de comércio, como a Oxford Street, Regent Street, New Oxford.


No final de semana fomos ao País de Gales. Fica perto de Londres. O lugar é muito bonito, cheio de casas deliciosas, lindas propriedades rurais e muitos castelos.
Estivemos em Cardiff, a capital. É arrumadíssima, pequena, tem teatros e museus nos parques. A rua principal de pedestres chama-se Queen Street. É super cheia de gente, um pessoal jovem com cabelos pintados de várias cores, do roxo ao alaranjado, enfeitados ainda com tatuagens e piercings.

Em frente a esta rua ergue-se imponente o Castelo de Cardiff, cuja torre contem figuras  muito bem restauradas ( coloridos e dourados).


Fomos ainda visitar o castelo de Caerthily.

castelo não é habitado, na verdade está meio em ruínas, mas está sendo restaurado. Entre seus muros artistas fazem encenações  da vida dos Celtas, primeiros habitantes do lugar.

 Eles se vestem a caráter. Há grupos soltando pedras pela catapulta, no rio, há guerreiros lutando e arqueiros, orientando os turistas e iniciando alguns ( como eu) no arco e flecha.


Voltamos a noite e fomos ao Westfield Shopping Centre, o mais novo shoping de grifes de Londres. É gigante . Vale a pena. Os preços são ótimos e se encontra de tudo ( Channel, Dior, Louis Vuiton, Marc Jacobs, Michael Kors, dentre outros. Uma reprodução da Harrods, mas mais em conta.
É impossível resistir. Vou dar alguns preços: capa de chuva da Michael kors (255 GPB ou Libras), bolsa Guess 185, sapatos baixos da Guess a 70 Libras, mantôs de várias grifes na faixa de 150 libras em média ( e são tão bonitos que a gente só lastima ter um inverno tão curto no Brasil).
As marcas mais concorridas praticam preços mais altos, mas mesmo assim um relógio Armani pode custar 150 libras. ( convertendo para reais multiplique por 2,90, dá o preço aproximado).Por hj é só e  aviso: duas atualizações do blog na semana, só se tiver outra greve do metrô. Bjs a todos


  



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