sexta-feira, 17 de junho de 2011

LONDON ..LONDON...

Entendendo a cidade..

Saimos do hotel na hora que foi possível, ou seja  sem pressa…Era o meio da manhã e resolvemos pegar o ônibus. Hoje foi o  dia de curtir o double red bus, o vermelhinho de dois andares. Sentar na parte de cima favorece vistas privilegiadas do percurso.

O ponto fica diante do hotel ( nesta linha não se paga direto ao motorista, é preciso ter a passagem que se adquire nas máquinas existentes no próprio ponto). Nos inteiramos dos roteiros (também existentes nos pontos de ônibus) e pé na estrada. Descemos novamente em Holborn, na Theobalds e pegamos o caminho da roça, qual seja a High Holborn. Na transversal de  ligação das duas avenidas deparamos com o Real Colégio de Anestesistas e paramos para tirar umas fotos para o Rodrigo.

Tomamos o metrô na estação de mesmo  nome  com destino a Parliament e circunvizinhanças.

Tentamos visitar o famoso prédio que abriga o Big Ben, mas o desejo foi frustrado, porque estava fechado por alguns dias. Paciência fica para uma próxima vez.
Resolvemos cruzar a rua e vagar pelos arredores da Abadia de Westminster. Dali se  podia divisar o final de uma das filas para a visita ao templo anglicano: sobras ainda do casamento real. Dezenas de pessoas se amontoavam curiosas para conhecer o cenário do conto de fadas.
Não entramos. Havia poucos meses que visitáramos  longa e detidamente a igreja, para apreciar todas as suas belezas,  riquezas e história.
Ao invés, entramos no belíssimo  prédio lateral, Westminster  Abbey Choir School  onde funciona uma escola e serviços da própria Abadia, que tem saída para a pequena praça interior.
À sombra o friozinho maltratava, amenizado apenas com a exposição ao sol. Assim fomos caminhando e alcançamos o Saint James Park, via Horse Guard. Era horário de almoço nos escritórios e repartições da circunvizinha. As pessoas que ali descansavam, a maioria composta de  jovens trabalhadores ingleses, aproveitava para usufruir dos  momentos de sol.

 Um cenário bem típico inglês, com o pessoal  deitado ou sentado, em círculo, sobre a verde relva e sob o reconfortante sol de primavera. Coisas dos costumes. Impressionante como a vida voltava revigorada após o inverno em que se assistiu aos desolados  animais aquáticos , que por ali abundam,  caminharem sobre a placa escorregadia de gelo, que se formava sobre o lago. Diferentemente hoje, onde os patinhos, gansos e cisnes nadam tranquilos e os esquilos, as maiores estrelas,  desprezam  os visitantes, os velhinhos e as crianças que mendigam sua atenção, oferecendo amendoim. Desfilam suas barrigas redondas e satisfeitas pela alimentação abundante do parque.
Descendo pelo Mall caminhamos na direção do Trafalgar Square. Ainda testemunhamos a retirada dos alambrados que isolaram a massa humana  do cortejo nupcial.
Na Pça central de Londres, onde tudo acontece, estava havendo uma campanha de incentivo ao plantio de hortaliças “let get’s Britain Gardening ..."Uma ONG distribuía mudas de tomateiro aos moradores da cidade em dois enormes caminhões estacionados na praça. Coisas que chamam a atenção numa cidade grande.
Nesta hora a fome já começava a apertar. Decidimos comer no L'Ullivo, que fica na pequena rua de cantinas  italianas Irving St, entre Leicester Square e a Charing Cross. Atrás da Trafalgar. O L'Ullivo também é nosso velho conhecido. A comida é saborosa, seja carne, seja massa. Os vinhos também são sempre muito bons, para não falar da sobremesa.
Retomando nosso passeio, bem junto ao restaurante há uma casa que vende ingressos para o teatro a half price ( half price aqui é metade de 95 libras – que é o ingresso cheio). Em reais os dois ingressos normalmente custariam cerca de R$600,00).  A intenção era ver o Rei Leão, no final de semana que se aproximava.  Compramos por R$300 os dois, para a matinê de domingo ( 2,30 p.m.). Saímos felizes com a aquisição.
Resolvemos então,  visitar o museu Albert & Victoria, muito bonito com sua exposição belíssima de jóias, roupas indianas de luxo e outras atrações na área de arte e design. Depois descobrimos a casa de chá que funciona no outro lado do pátio interno. Uma maravilha. Pena que havíamos almoçado tão fartamente.  Não só os doces eram atrativos como a arquitetura e os ricos ornamentos dos seus salões.
Saímos de lá anoitecendo e como não podia deixar de ser seguimos   a batida trilha rumo a Harrod’s.

Apenas uma visita..afinal antevíamos o que nos esperava nos mercados do Oriente, na própria terra do simpático  Sr. Al Fayed...Tenho a maior simpatia por esse empresário, por tudo o que ele representa e como ele se inseriu nesta, digamos,  severa e fechada sociedade européia.
Assim passamos mais um dia em Londres, de prazer total em contato com esta incrível cidade...só vendo e revendo sua trivialidade tão atrativa e tão peculiar...
Já no dia seguinte, sábado, pensamos em admirar os encantos da estação.  E não foi preciso sair do bairro, ou andar muito..Veja  a explosão e profusão de cores .

A hibernação dá o vigor que as plantas precisam para surgir lindas e abundantes...
Deixando as  cores e perfumes fomos a turbulenta e não menos colorida Camdem Town. O mercado é também muito alegre, cheio de gente, restaurantes.


Estávamos procurando souvenirs para presentear amigos, que apreciam os red buses, os cabs pretos, lembranças do casamento real, etc,  mas estava tudo caro e o atendimento, incrivelmente,  estava péssimo. Parecia que estavam nos fazendo um favor e não precisando de um...não esquecer que a Europa passa por uma recessão..não dá para ficar desprezando os turistas. Enfim, desistimos e saímos rumo a Regent Street... para algumas compras na National Geographic, na Hamleys (Regent Street, 188 - 196 metrô Oxford Circus)

 e finalmente tomar aquele chá inglês com a amiga Mary e família no Caffé Concerto (Regent Street, 79 - 81) .

 Eu estava sonhando com aquele chá..nem almocei para sobrar mais espaço.
Domingo foi um dia glorioso. Dia de Teatro. Como havia tempo até a tarde, fomos até Liverpool St, para conhecer aquele pedaço da cidade, próximo ao Hotel e vizinha de outros pontos turísticos de Londres, como a London Tower.
Fazia muito frio.Decidimos ir logo para  Covent Garden, vizinho ao Teatro Lyceum.

Os finais de semana são especialmente festivos no  mercado, bijuterias, restaurantes, músicos estravagantes ou não, instrumentos musicais exóticos e interpretação,  artesanato, antiguidades...
Não almoçamos antes do Teatro, porque o plano era de almo/jantar no CHA MOON (Ganton Street, 21 - Metrô Oxford Circus), restaurante Chinês  dos nossos amores. Volto ao assunto breve.
O Teatro Lyceum (Wellington St, 21)como a maioria dos teatros de Londres é pesado, escuro, predominando o tom vinho das suas cortinas e forrações. Mas tem muitos recursos para desenvolver coreografia, cenários.
A peça Rei Leão é muito bonita. Ambientada na savana africana, trata-se de um excelente exercício de dança, canto e cor. Fiquei deslumbrada com a  velha baboon Rafiki ( estrelada pela Sul Africana Brown Lindiwe Mkhize), que voz negra fantástica, bem característica, tom vibrante, forte, contralto. Amei o jogo de cores, as coreografias, as interpretações, a produção enfim..
Alma lavada pelo encantamento do show, fomos para Carnaby  Street ,




almoçar no incrível Cha Moon, como falei anteriormente. Trata-se de um charmoso restaurante de longas mesas coletivas, mas postas de maneira que preserva a sua privacidade.

A cozinha ficava exposta, visível, separada apenas por um vidro. Higiene a mostra. E o sabor? Ah! Que saudades dos pratos, do vinho e da sobremesa.
Depois  de comer como Lordes (não se esqueça que estamos em Londres), ainda fomos ver eletrônicos na Warehouse da Oxford Street (encomendas) e depois andar pela parte elegante deste pedaço (New Bond St e adjacências).

 Saímos na frente do Ritz, atravessamos o Green Park e vagarosamente apreciamos o Palácio de Buckingham, seguimos pela Buckingham Palace Road até Thistle Westminster, onde nos hospedamos com a família na semana do ano novo.

Fim do dia , quase 10 da noite, começava a anoitecer. Hora de voltar para o Hotel depois de um longo dia...
A segunda feira 23 de maio, foi um dia para rever Tower Bridge e London Tower

com seus jardins.
Estava frio, ventava... quem poderia dizer vendo uma foto colorida como esta.



Resolvemos voltar à escola, onde passamos alguns meses..Stuckley St.



O resto do dia foi para visitar o Hyde Park, ver os jardins ,

 canteiros, fontes e árvores muito verdes e frondosas que por lá pululam.

Ainda fomos a Kensigton, nos jardins da casa de Diana (e onde vai morar o novo casal real)


 e finalmente nos dirigimos ao mais  internacional dos cabelereiros brasileiros,  o simpático e extrovertido Kiko. Ele mora em Nothing Hill. O lugar é elegante, no entorno do Parque mais famoso da cidade.
10 horas p.m. o sol já vai se pondo no hemisfério norte e é hora de voltar ao hotel para arrumar malas. Amanhã será um novo dia de viagens: rumo ao Egito...
Na postagem anterior resolvi antecipar ao público leitor o grande encontro com o mundo dos faraós... Mas hoje retomo a ordem cronológica da viagem. 
See you... 




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