O vôo para o Cairo foi um grande tour pela Europa. Não era difícil divisar e identificar cidades e rios. Mas o mais fantástico foi a visão dos Alpes. O contraste do verde com as neves eternas, os vales, desfiladeiros e precipícios, a entrada na Itália. A seguir o bordejo pelos países de leste, antiga Iugoslávia, hoje Sérvia, Montenegro, Bósnia e outras, e a insuperável visão da Grécia, com todos os cortes e recortes e aquele mar de cor inimitável. O famoso azul marinho. Foi rápida a inserção no Continente Africano devido a proximidade do Cairo com o Mediterrâneo. Pouso tranqüilo, diferente da saída de Londres, que desde a erupção do vulcão islandês “ #$%^rjhlmn&@” foi tomada por ventos muito fortes e gelados. O avião trepidou para subir e parecia com dificuldades de vencer aquela barreira de vento. Fiquei apreensiva. Superado o espaço aéreo do UK, e com a entrada no Continente Europeu, tudo serenou.
Passamos sem percalços pelas aduanas . Estava nos esperando no saguão do aeroporto do Cairo o Sr. Ricardo, um alegre e simpático guia egípcio que nos orientaria na visita à cidade.
Do aeroporto fomos direto ao Hotel Oásis, nosso alojamento por três dias.
O hotel fica em Gizé, na grande Cairo e próximo do nosso principal objetivo da visita: as Pirâmides. Logo das primeiras coisas que vimos foram esses legendários monumentos, recortados contra o horizonte enfumaçado (empoeirado) do deserto.
O hotel, como o nome sugere, é um verdadeiro oásis de verde e flores, com jardins muito bem cuidados. O pessoal da recepção e de serviços sempre tem sido bastante cortês e gentil. Gostamos muito. Trata-se de um resort, com os quartos todos voltados para os jardins, muitos passáros e água corrente, fontes, um mar de tranqüilidade e bem estar.
O fuso horário aqui também se altera em relação a Londres. Em princípio regulamos o relógio para duas horas a mais e achávamos que todos estavam sempre atrasados. Depois descobrimos que a diferença é de apenas uma hora. Os apressadinhos éramos nós.
Adiantando a programação marcamos com a empresa, a visita às pirâmides para o dia seguinte. Difícil conter a vontade acumulada por uma vida toda. Aí pelas dez da manhã chegou nosso novo guia Sr. Gabriel, pessoa muito afável e alegre, que nos conquistou com o seu jeito calmo e gentil. Nos levou a seguir a ver o objeto do nosso desejo.
Bem..., é indescritível a sensação de admirar de perto aqueles tesouros. Filmes e revistas, fotos de parentes e amigos, livros de história, romances, policiais e dramas, nada supera o contato visual, físico, o apreciar de perto aqueles monumentos à imortalidade. Só aguçam a curiosidade, mas não tem o dom de transmitir o encantamento e a beleza daquelas obras. Pedra sobre pedra, enormes rochas cortadas em blocos, pesando toneladas cada um e transportadas ao seu exato lugar há cerca de quatro mil e quinhentos anos por trabalho quase que exclusivamente braçal.
Primeiro surgiu diante de nós a elegante Quéops, soberba, única, uma gigante a desafiar o tempo (vencida parcialmente nessa batalha onde perdeu seu topo, o que , contudo não lhe tolhe a majestade) .
A seguir Quéfrem, menor um pouco, mas ainda expondo no topo os mármores dos seus primórdios, veste que lhe cobria o corpo e dava uma aparência de objeto polido, acabado. A maior parte da cobertura foi retirada pelos saqueadores ao longo de sua existência. O nome e a postura me sugerem uma pirâmide feminina.
Rodeamos observando os monumentos menores que gravitam em volta das grandes e foram destinadas a servir de câmara morturária à mãe, à esposa e às irmãs do faraó.
Na maganetizada área de Quéfren existe ainda o museu da barca solar, contendo o mais antigo barco do mundo, capaz de navegar. O barco foi todo remontado, uma vez que os arqueólogos o encontraram desmontado. O trabalho de remontagem durou cerca de dois anos. Danificado ficou apenas um dos remos, mas encontra-se junto do barco, ao pé de sua réplica . A madeira do qual é constituído é o sicomoro, madeira dura, com a resistência certificada pelos seus 4500 anos de existência, rija, quase intacta.
Por fim estávamos diante da pequena Miquerinos, a filhote. Faz sentido: pai, mãe e filho. Pequena só na comparação dos monumentos entre si, porque é uma grande construção também.
Miquerinos está aberta à visitação , depois de enfrentarmos poucos metros debaixo do escaldante sol do deserto, ingressamos nas suas entranhas. Vai-se descendo, por uma tábua, com freios espaçados na altura de uma passada. É escorrregadia, há que se tomar cuidado.
O seu coração contém o local da camara mortuária e outros compartimentos onde foram guardados os tesouros: jóias, móveis,objetos, alimentos, para ajudar o morto na próxima vida.
Mesmo vazia, o contato com a história do lugar é uma sensação muito gratificante. Fico pensando porque o ser humano teria este sentimento, porque este prazer em ver e reviver o passado, a história dos ancestrais. Talvez seja a vontade de entender a sua evolução o pensamento predominante em cada época, atestar a capacidade criativa do ser humano. Eu me regozijo, hoje e canto aos quatro ventos: estes meus olhos mortais já viram e se deliciaram diante das eternas Pirâmides do Egito!
Esfinge? Ah! Ia me esquecendo que ao pé das inimitáveis Pirâmides existe um gatinho que vela por elas e as vezes ruge para mostrar vigilância e autoridade....mas isto é um capítulo menor...
Passamos sem percalços pelas aduanas . Estava nos esperando no saguão do aeroporto do Cairo o Sr. Ricardo, um alegre e simpático guia egípcio que nos orientaria na visita à cidade.
Do aeroporto fomos direto ao Hotel Oásis, nosso alojamento por três dias.
O hotel fica em Gizé, na grande Cairo e próximo do nosso principal objetivo da visita: as Pirâmides. Logo das primeiras coisas que vimos foram esses legendários monumentos, recortados contra o horizonte enfumaçado (empoeirado) do deserto.
O hotel, como o nome sugere, é um verdadeiro oásis de verde e flores, com jardins muito bem cuidados. O pessoal da recepção e de serviços sempre tem sido bastante cortês e gentil. Gostamos muito. Trata-se de um resort, com os quartos todos voltados para os jardins, muitos passáros e água corrente, fontes, um mar de tranqüilidade e bem estar.
O fuso horário aqui também se altera em relação a Londres. Em princípio regulamos o relógio para duas horas a mais e achávamos que todos estavam sempre atrasados. Depois descobrimos que a diferença é de apenas uma hora. Os apressadinhos éramos nós.
Adiantando a programação marcamos com a empresa, a visita às pirâmides para o dia seguinte. Difícil conter a vontade acumulada por uma vida toda. Aí pelas dez da manhã chegou nosso novo guia Sr. Gabriel, pessoa muito afável e alegre, que nos conquistou com o seu jeito calmo e gentil. Nos levou a seguir a ver o objeto do nosso desejo.
Bem..., é indescritível a sensação de admirar de perto aqueles tesouros. Filmes e revistas, fotos de parentes e amigos, livros de história, romances, policiais e dramas, nada supera o contato visual, físico, o apreciar de perto aqueles monumentos à imortalidade. Só aguçam a curiosidade, mas não tem o dom de transmitir o encantamento e a beleza daquelas obras. Pedra sobre pedra, enormes rochas cortadas em blocos, pesando toneladas cada um e transportadas ao seu exato lugar há cerca de quatro mil e quinhentos anos por trabalho quase que exclusivamente braçal.
Primeiro surgiu diante de nós a elegante Quéops, soberba, única, uma gigante a desafiar o tempo (vencida parcialmente nessa batalha onde perdeu seu topo, o que , contudo não lhe tolhe a majestade) .
A seguir Quéfrem, menor um pouco, mas ainda expondo no topo os mármores dos seus primórdios, veste que lhe cobria o corpo e dava uma aparência de objeto polido, acabado. A maior parte da cobertura foi retirada pelos saqueadores ao longo de sua existência. O nome e a postura me sugerem uma pirâmide feminina.
Rodeamos observando os monumentos menores que gravitam em volta das grandes e foram destinadas a servir de câmara morturária à mãe, à esposa e às irmãs do faraó.
Na maganetizada área de Quéfren existe ainda o museu da barca solar, contendo o mais antigo barco do mundo, capaz de navegar. O barco foi todo remontado, uma vez que os arqueólogos o encontraram desmontado. O trabalho de remontagem durou cerca de dois anos. Danificado ficou apenas um dos remos, mas encontra-se junto do barco, ao pé de sua réplica . A madeira do qual é constituído é o sicomoro, madeira dura, com a resistência certificada pelos seus 4500 anos de existência, rija, quase intacta.
Por fim estávamos diante da pequena Miquerinos, a filhote. Faz sentido: pai, mãe e filho. Pequena só na comparação dos monumentos entre si, porque é uma grande construção também.
Miquerinos está aberta à visitação , depois de enfrentarmos poucos metros debaixo do escaldante sol do deserto, ingressamos nas suas entranhas. Vai-se descendo, por uma tábua, com freios espaçados na altura de uma passada. É escorrregadia, há que se tomar cuidado.
O seu coração contém o local da camara mortuária e outros compartimentos onde foram guardados os tesouros: jóias, móveis,objetos, alimentos, para ajudar o morto na próxima vida.
Mesmo vazia, o contato com a história do lugar é uma sensação muito gratificante. Fico pensando porque o ser humano teria este sentimento, porque este prazer em ver e reviver o passado, a história dos ancestrais. Talvez seja a vontade de entender a sua evolução o pensamento predominante em cada época, atestar a capacidade criativa do ser humano. Eu me regozijo, hoje e canto aos quatro ventos: estes meus olhos mortais já viram e se deliciaram diante das eternas Pirâmides do Egito!
Esfinge? Ah! Ia me esquecendo que ao pé das inimitáveis Pirâmides existe um gatinho que vela por elas e as vezes ruge para mostrar vigilância e autoridade....mas isto é um capítulo menor...
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