terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

DISNEY CRUISE E FLÓRIDA -

 

PRIMEIROS 15 DIAS

Fórida, Bahamas, Caribe

Período: 8  a 24 novembro

Ocupamos a fileira de 6 lugares que fica no meio da aeronave: avô e avó, pai , mãe e tres crianças, sendo a menor de apenas 7 meses. O vôo da Gol destino  Estados Unidos  saiu regularmente do Aeroporto Internacional de Guarulhos as 3 horas da manhã. Nós chegamos do interior do Estado de São Paulo,  por volta do meio dia e fomos descansar para enfrentar mais uma maratona que começava já  com o horário do embarque: de madrugada e com crianças pequenas.
 
Quando se viaja as expectativas sempre são boas, mas a vida real  não elimina  o bem e o mal  e as vezes somos surpreendidos... Claro que nas viagens que fizemos já tivemos malas extraviadas, enfrentamos outros pequenos problemas , mas nada que tivesse grande consequência, como ocorreu nesta que deveria ser  ter sido ’ A viagem'.  Idealizada  para comemorar os 70 anos do nosso patriarca, junto com a familia, o que poderia dar errado? (O nosso caçula e esposa, tiveram de desisitir por causa da gravidez adiantada).  Se estou custando a escrever o blog é porque tem coisas que estão difíceis de reviver, mas é preciso enfrentar. Decidi  que contarei fatos agradáveis e os menos agradáveis na sequência em que aconteceram, obedecendo a sua ordem cronológica. A idéia é prestar um serviço completo ao leitor e alertá-lo que a viagem só interrompe a rotina diária do viajante. O mundo ao redor  continua no seu ritmo.  Ladrões existem em todos os lugares do mundo e motoristas barbeiros ou descuidados também. Cuidado com o que disser nas Police Borders, para não gerar desconfianças. Conheça as normas do país que você vai visitar para evitar dissabores na entrada. Reviste bem as malas , bolsas e bolsões para não levar nada perigoso. E continue a viajar.Tropeços sempre existirão e ficam como lição, como aprendizado e como memória.
Voltemos ao começo  da viagem: O avião não tem classe executiva. Apenas umas pequenas mordomias a mais que os passageiros da econômica. No lugar da champagne um suquinho  e como divisória uma cortina diáfana..rsss A comida era bem sofrível.    O vôo faria uma escala em Santo Domingo, capital da República Dominicana e aterrisou no pequeno país caribenho as 8,30 a.m. , hora local. Acredito que o trajeto entre Brasil e República Dominicana,  tenha sido de  umas 6 horas. Sonolentos tivemos que deixar a aeronave e aproveitamos para fazer lanche e visitar o pequeno free shop. Esta parada pode dar dor de cabeça aos passageiros na volta. Aguardem para saber o porquê.

As crianças sempre fazendo a nossa alegria. Levei os netos ao banheiro e Vitor, o mais gaiato, deu boas gargalhadas com o acionamento automático da descarga. Ia e voltava ao reservado para testar a eficiência da valvula invisível . Divertiu-se e a mim também. Tudo que eles fazem eu acho lindo e ótimo. Depois, para passar o tempo fomos ver os aviões no pátio, através do vidro da sala de embarque. Chamei a atenção do meu querido netinho que o piloto e o co-piloto já estavam a postos testando  os equipamentos e funcionamento dos sistemas da aeronave. Ele rápido me corrigiu: não seria o comandante? Sim, sorry...Ele rápido: se o chefe é  o comandante , como chamaríamos o seu auxiliar imediato. Respondi rápido:  é o sub . E ele: não vovó,  é co-comandante. Cocômandante.... seguiram-se muitas risadas com a pegadinha.  4 prodigiosos aninhos, pensei.

 
Passados estes rápidos momentos de  descontração, que ajudariam a suportar mais 1,30 hora até Miami, embarcamos novamente. 

Vale algumas palavras sobre a República Dominicana, vista de relance. A ilha como um todo é muito arborizada. A Capital Santo Domingo pareceu populosa ( relativamente). Cruzamos o país  com a visão de lagos, montanhas e rios. Se do alto era tudo encantador, imaginem de perto,  visualizando  aquelas escarpas e os rios sinuosos. Nós tentávamos adivinhar que parte seria a a Republica Dominicana e onde começava o Haiti. Acho que vale conferir.  Depois veio o mar...veio Cuba e Jamaica e finalmente o alvo final: Miami.
A chegada parecia normal, até o policial entender que levávamos currency mais do que o permitido ( dez mil dólares). Aqui começou o primeiro problema. Na hora ele nos encaminhou para outra fila e aí nos distanciamos do resto do grupo. Passando pela nova inspeção o novo  atendente constatou que não tínhamos aquele valor, como  inicialmente entendeu o seu colega,  e nos liberou  sem outras questões. No entanto, o filho , a nora e as crianças que haviam passado direto,  resolveram esperar no corredor. Ocorre que  nossa nova sala cortava caminho e nós saímos bem à frente deles. Esperamos muito e aí eu me lembrei que tínhamos que pegar o carro na central de locação . Imaginei que  eles  tivessem  ido para lá . Aí fizemos aquele longo itinerário dentro do aeroporto , longos corredores, esteiras e escadas rolantes, elevador  e  o  metro rail (trem) até chegarmos a Car Center. Esperamos muito tempo (mais de hora).Eu estava aflitíssima. Em algum momento eles teriam que vir pegar o carro previamente reservado.  Toninho num ato de impaciência resolveu voltar até próximo a Police Border para procurá-los. Eu fiquei ainda mais nervosa pois estava sem chip local  e não se via telefone público no salão. Se o Toninho se perdesse, quem estaria perdida seria eu,  que  estava incomunicável. Também não havia um setor de informações onde a gente pudesse se dirigir. Achei aquilo um atraso de vida, não esperava tais dificuldades nos Estados Unidos. Toninho foi e voltou sem sucesso. Quando já se dispunha a ir uma segunda vez vimos nosso filho chegando sozinho, apressado...Foi um alívio. Mas o desgaste estava instalado. Resolvemos todos juntos irmos pegar a nora e as crianças. Aliviados mas cansados e tendo perdido muito tempo, finalmente pegamos nossa Van e fomos almo-jantar. Encontramos um Out Back junto a  loja Baby r us ( nosso objetivo no momento era comprarmos um carrinho para o transporte mais confortável do bebê ).
No Out Back a comida é a mesma do Brasil, para esta cadeia de restaurantes: cebola dourada  com molho bloom, bem apimentadas, pães australianos quentinhos (aqueles pretos adocicados) com manteiga, saborosos steaks . Pratos que têm agradado  o paladar das pessoas no Brasil e em outros paises. Depois de comprarmos o necessário na Baby fomos ao Sawgrass Mills, paraíso de compras dos brasileiros. Este shopping situa-se  nos arredores de Miami, no 12801 W Sunrise Blvd, Sunrise.  Anoitecia. Dividimos o grupo. Eu e o marido para um lado e eles para as lojas infantis. Nós fomos na   Nike, Lacoste, Crock, Prada, Gucci, Burberry, Salvatore Ferragamo e outras marcas . Estava bastante fraco. Até a minha amada Desigual, cujas coloridas blusas   eu aprendi a usar em Londres ( loja da Regent Street) estava com poucas opções.  Desde então a minha galerinha toda passou a usar a marca. Acabamos nos encontrando casualmente na loja. As camisas masculinas são lindas, as de criança são deliciosas .Minha nora comprou um lindo vestido que usou no dia do aniversário do Toninho e no dia de seu próprio aniversário de  casamento.

 Depois , voltaremos ao assunto. Já bem tarde , após  lanchar fomos finalmente fazer o check in no   B2 Hotel Miami Downtown, situado no 146 da Biscayne Blvd , www.bhotelsandresorts.com/b2-miami-downtown, com uma linda vista para a Marina e o Bay front Park. Esta avenida é de duas pistas,  muito arborizada.



O hotel é confortável e moderno.



 
Foi boa a escolha feita pelo meu filho. O café da manhã  servido na Biscayne Tavern é muito farto com frutas vermelhas ( amoras, morangos, framboezas e mirtilos), yougurt, cereais, sucos ,  croissants e frios,  tudo muito bem disposto ao longo da mesa do bufê. Ruim  mesmo só  o café...argh..um balde de café aguado. Mas em  todos os locais nos States , se não for expresso, o café é um chafé insuportável.   Neste local funciona também o restaurante do hotel e serve boas refeições, tanto no almoço como na janta ( até 1/2 noite) . O breakfast inicia-se as 6.30 am.

Chegou o grande dia do embarque no cruise da Disney rumo ao Caribe e às Bahamas.  Os viajantes que vão realizar o cruzeiro costumam ficar nas imediações  do Porto. Por isto o hotel estava  lotado e na hora da saída houve uma certa demora. Enquanto isto, vendo a inquietação das crianças fui passear com elas no Bay front Park. Por ser domingo, havia uma concentração de latinos, com músicas, comes e bebes típicos. Salsa , merengue Maria....
 

Um idoso ameicano  se aproximou das crianças e as presenteou com um brinquedo, no que fui muito criticada pela família por aceitar. Não vi nada de mal nisto, apenas  um gesto de simpatia. Mas é sempre bom estar alerta.  Feito o check out, saímos a pé para almoçar na Flagger St ( restaurantes a escolher, na região, mesmo aos domingos).
 
Após o ‘lunch’   daquele dia quente e ensolarado, pegamos os carro e rumamos para o Porto, onde estava ancorado o ship  Disney Magic.
 
Os primeiros a receber os viajantes são os carregadores, todos Americanos afrodecendentes , falando um dialeto próprio. No embarque são muito simpáticos, mas na saída nem tanto. Eles se acham os donos do pedaço, gritam demais  e o tempo todo . Reclamam enquanto você guarda as bagagens no carro. Se isto acontecer  não ligue, eles não mandam nada. Quem cuida do local é a polícia, que procura ser gentil e tolerante com os turistas. Na chegada tivemos que aguardar 45 minutos para que o filho fosse devolver o carro na locadora .
 

O  NAVIO
 

As crianças estavam eufóricas . Desde a entrada do portão de embarque a gente é recepcionada por funcionários da Disney que fazem a segurança, checam  documentos e orientam  os próximos passos.
 Ao chegar ao salão   entra-se numa fila  para a habilitação  ao ingresso no navio, semelhante ao check in nos aviões: apresentação de identidade, passaporte, voucher, outros  documentos se necessário, e na contrapartida se recebe as  orientações gerais sobre o navio. Ao fim  se recebe  um cartão de embarque, com nome e identificação do quarto e da mesa do  restaurante. A nossa era 70.  Mera coincidência com a nova idade do vovô.
 

Superada esta etapa , voltamos para os bancos para aguardar a chamada.


 Uma vez chamados  acompanhamos  um funcionário que nos levou até a entrada do navio.  Chegando ao grande hall  fomos  surpreendidos com a temática da decoração, a  natalina. Uma grande e bem ornamentada  árvore erguia-se no salão principal, roubando todos os olhares, mesmo que logo no andar de cima se pudesse ver o Mickey dando autógrafos.

 
  Depois percorrendo labirintos e descendo de elevadores, chegamos  à nossa cabine. Ficamos satisfeitos  por já encontrarmos  nossas malas junto às respectivas portas. Quem as recolheu em seguida foi nosso camareiro, que atendia a um numero restrito de cabines e sempre estava solícito à disposição.
Acomodamos as roupas nos armários e subimos ao deck do nono andar para  receber instruções de segurança (usar equipamentos salva- vidas) e ver a partida do navio. Assim que zarpou todos bateram palmas e gritaram. O embarque começou as 4 horas da tarde. Então estava anoitecendo e descemos para o quarto. Hora de nos arrumarmos para o jantar. Exigência: traje social.

Era 10 de novembro . O aniversário do Toninho seria dia 13, mas não conseguimos reserva para a data no ' Palo', um elegante restaurante especializado em comida do norte da Itália.  Sem escolha nos restou festejar no dia mesmo da chegada.  Também tinha sido feita uma  reserva no berçário, para deixar o bebê e no clubinho para deixar os maiores, porque esse restaurante é privativo de adultos. Os locais onde se deixa as crianças são bastante seguros,  cuidado por monitores e seguranças ( é tirada foto de quem leva a criança e a retira, além da checagem prévia  do nome e documentos)  . Com hora marcada para as 8,30 nos dirigimos ao restaurante que estava com uma frequência baixa, muito tranquilo, com alguns gatos pingados e  o primeiro escalão do navio,  sentado ao lado da nossa mesa.

Todo o pessoal do restaurante esbanjava  simpatia e cortesia. O garcon, um indiano muito alegre e engraçado nos fez rir muito com suas performances. O Maitre chamava o Toninho de King of Spain.  A comida, regada a bom champagne francês estava fantástica:  entrada de camarões flambados, com molho cremoso de alho e mariscos. Os pratos principais eram em geral de massa. Eu e a Eryka pedimos nhoque ao molho de gorgonzola ( suavíssimo , derretia na boca). Os homens pediram costelas de cordeiro com purê de batatas. Como sobremesa optei por uma panna cota com frutas vermelhas, que não teve economia de mirtilos, framboezas e amoras. Toninho pediu tiramisú. Filho e nora pediram suflê de chocolate , que veio acompanhado por sorvete e cremes  aveludados. Revelado o motivo da comemoração o  indiano de nome impronunciável trouxe como cortesia ao aniversariante um prato decorado  com chocolate,  parabenizando pelos 21 aninhos . Todo o staff veio  cumprimentar, maître e demais garçons. Esta ceia inesquecível  foi finalizada com um alicorado de limão ( fantastico!).  

Este restaurante , com vista panorâmica de 270 graus, situado no 10. andar da  popa da embarcação,  não faz parte do pacote. É pago separadamente.
Saímos  e ficamos apreciando  o mar , o marulho das ondas no casco,  o navio singrando as águas e a bela  lua de prata prateando o mar ...
Volta às obrigações:   buscar as crianças , que ainda não estavam dormindo. Foi um longo e agradável dia. O sono foi reconfortante. O mar estava calmo e o navio deslizava suave  embalando nossos sonhos. Ou nossa realidade?

A CABINE


 

Bem,  o consenso foi de não pegarmos cabine com varanda por causa das crianças ( uma preocupação a menos). Mas escolhemos cabine com escotilhas. Além do quarto, há uma saleta com TV, onde o neto mais velho dormia e as vezes o do meio também. O camareiro arrumava  o quarto e fazia as camas duas vezes ao dia. Ao emtardecer ele transformava o sofá em cama , bem confortável para o netinho e fazia um bichinho com as toalhas: macacos, ursos, tartarugas. Uma graça. No conjunto havia ainda um lavabo , um banheiro, além de armários e cômodas. O shampoo era do Paul Mitchel e sabonetes de tamanhos normais. Odeio sabonetinhos, sempre levo os meus em viagens. Desta vez nem os usei.
 Pela mamhã  os irmãos se juntavam e eu comandava: marinheiros! Abrir escotilhas! Os dois corriam e faziam aquilo com a maior alegria, tendo ao fundo o mar do mais profundo azul do Caribe ( o mar turquesa é só nos pontos mais rasos. Em alto mar, com aquele volume de água tudo fica azul).

OS RESTAURANTES

 

O café da manhã podia ser tomado num restaurante francês , o Lumiere, que se situa atrás da árvore de natal, no deck 3. . Mas ele tinha horário restrito, fechava cedo e nunca o alcançávamos aberto. Também com um batalhãozinho para arrumar! Mas não dá para passar fome. Há uma overdose de oferta de comidas nestes cruzeiros. Opcionalmente íamos então ao restaurante Cabanas’s, no 9. Andar,  junto às piscinas, cujo horario era mais flexivel.

A noite foi estabelecido  um sistema de rotatividade. Avezes jantávamos no  Carioca’s ( restaurante em homenagem ao Zé Carioca's).
Outras vezes íamos ao  Animator’s Palate,situado no deck 4. Os garçons eram os mesmos,  o que estabelecia uma relação amistosa. Também jantávamos no Lumiere, o mais elegante e refinado. O único que tinha o service de bufê era o Cabana's, os demais a la carte.

Havia ainda , pizza no deck 9, junto às piscinas. O Frozone oferecia sorvetes, cuja máquina ficava ao alcance das crianças,  que podiam se servir sozinhas Havia ainda lanchonete com hamburgueres,  hot-dogs e batatas fritas. Outras mais saudáveis davam a opção de se comer  verduras , sucos e frutas variados. Ou seja : um exagero, um verdadeiro SPA de engorda.

SHOPPING

Algumas lojas se situavam nos pisos centrais. Sempre com grifes conhecidas, brinquedos, jóias, relógios, roupas e souvenirs variados. Encontrei as blusas da Desigual ( do Cirque de Soleil) que procurava. Os preços não chegaram a ser exorbitantes. Preços médios se compararmos com o praticados no Brasil).

TEATRO

Grande sala de espetáculos, oferece filmes em vários D’s e peças com a temática da Disney, claro!Levávamos até o bebê. Ele se espantava com os brilhos. Ele é muito bonzinho, alé de lindo!

PISCINAS E TOBOGÃS

São vários os ambientes. Há piscinas para pequenas, esguichos que saem de bonecos , tobogãs ( o maior sai pra fora do navio). O outro é menor, mas não tanto. Faziam a alegria da molecada. Havia piscinas para adultos, no lado oposto. Neste mesmo local havia um palco para as apresentações, bem como telões para se ver os filminhos.

A assitência era integral. Havia toalhas sempre limpas à disposição.
No lado exclusivo de adultos tem  SPA,quadras de esporte,  cabelereiro, lounge  com bebidas alcoólicas, belos coquetéis. Tem acesso também _a proa do navio. 
Outra opção (que  não utilizamos) são os nightclubs.

OSERVAÇÃO FINAL

Ao longo do relato, ainda falarei dos equipamentos, locais e atividades do navio, bem como a nossa vivência nesses espaços. Trata-se de nossa experiência pessoal , que pode  orientar outros viajantes. Daí falar de cardápios, comportamentos, trajes. E por falar em trajes, não se esqueça de levar uma roupa social ( homens e mulheres) pois nos Estados Unidos em certos locais ( teatros, restaurantes)   se exige um traje mais formal.
 

 
 

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