quarta-feira, 16 de julho de 2014

RELATANDO UMA VIAGEM A NY - DEZEMBRO - PARTE II


DEZEMBRO DIA 1º. Hoje seria dia de montar a árvore de Natal no Brasil. Os filhos nos falaram que estavam ornamentando as deles, em São Paulo. Nós aqui aguardávamos por outra árvore a do Rockfeller Center , então iríamos atrasar um pouco a montagem da nossa.  O dia estava lindo e menos frio, cerca de 2 graus positivos. Passeamos novamente pelo Central Park, passamos diante do Metropolitan, fomos apreciar as travessuras dos esquilos, ver a pista de patinação no gelo. Seguimos para o LINCOLN CENTER: 
  • 70 Lincoln Center Plaza, entre West 62nd and 65th Streets e Columbus e Amsterdam Avenues - Uptown

O Lincoln Center é um dos cartões de visita da Grande Maçã. É a parte cultural sofisticada onde os grandes espetáculos acontecem: peças de teatro, dança(New York City Ballet) , óperas (Metropolitan Opera House) e música (Filarmônica), bem como cinema ( The Film Society of Lincoln Center). Fazendo parte do complexo do Lincoln Center,  o David Koch Theather é a casa de balé do New York City Ballet. (Site do New York City Ballet: www.nycballet.com)
Finalmente chegara o dia do tão esperado NUTCRACKER ( o balé Quebra Nozes), música de Peter Illitch Tchaikowsky e coreografia de George Balanchine. Ingresso comprado meses antes pela internet no site do teatro. Eu estava em  transe aguardando o espetáculo. Pela hora e pelo tema, o teatro estava cheio de crianças. Os Pais trajavam sobretudo e usavam luvas e suas crianças estavam muito bem vestidas.  As mulheres usavam jóias chamativas, casacos exuberantes e  peles, mas não chegava a ser uma elegância discreta, principalmente para aquele começo de tarde.   Um fato curioso que ocorreu na entrada do toilette: um menino japonês (do Japão mesmo), escapou da mão da mãe e passou à minha  frente. A mãe, uma linda jovem senhora ficou atônita. Chamou a atenção dele e via-se que era sério. Ele , depois da reprimenda, voltou e fez duas reverências  com a cabeça, diante de mim. As mãos  postadas no peito, no mais singelo e comovente pedido de desculpas que eu jamais vi e recebi. Achei comovente. E me curvei diante dele também, já que não poderíamos nos entender de outra forma. O que é a educação!!!!
Entramos no belo teatro.


Ocupamos nossos lugares. O folder distribuído na entrada continha uma parte destinadas às criança, explicando a peça e também o comportamento que se esperava delas  durante a apresentação. O resultado foi excelente. O silêncio e o respeito eram gerais.
A peça é natalina também,  com seus soldadinhos de chumbo , passando pelo colorido suave do terra dos doces. Tudo lindo e delicado.Desta vez não foram permitidas fotos. 
Tendo em vista que andando a gente pode escolher restaurantes aconchegantes, sem precisar dos guias, ao sair do teatro  fomos 'almojantar', uma vez que havíamos tomado apenas o café da manhã. Escolhemos um simpático e mais uma vez italiano restaurante quase na Times Square. Não pedimos massa, a comida era do norte da Itália. De entrada serviram uma excelente sopa de lentilhas e pães italianos com azeite aromatizado. Prato principal steak, muito saboroso, suculento e bem preparado ( não sei se era a fome) com arroz de açafrão. Ficamos bem satisfeitos , tanto que acabamos indo a pé para o hotel, com mais uma passada na Macy's e na Weelgreens. Esqueceram que já fizemos uma rotina? 

dia 02 de dezembro: dia de ir ao METROPOLITAN. O site é  www.metmuseum.org  -o  endereço:  1000 5th Ave, New York, NY 10028, United States
 Trajeto: Como já falei a entrada do metrô ficava muito pertinho do Hotel, sentido DOWNTOWN ( Wall Street, Elis Island, Estátua da Liberdade, ex-Torres Gêmeas). Atravessando a rua (a Park Avenue) fica a estação sentido Central Park, que foi para onde nos dirigimos. O valor da passagem é $2,75, válida por duas horas. Descemos próximo ao MET.




 Escolhemos este museu porque eu jurava que nunca tinha ido lá...mas quando eu cheguei vi que o Museu  já era meu velho conhecido, inclusive com abordagem no blog. Pode? Essa falha imperdoável da memória nos fez perder a ida ao  Gugelheim, ou ao  Moma...Mas não foi uma visita vã, havia novidades e também seria um pretexto para retornar.  Nunca uma viagem ao MET é perdida, pois, sendo um dos maiores museus do mundo é impossível conhecer e ver tudo de uma só vez. Prosseguindo...  Logo na entrada , no THE GREAT HALL, você encontra todo o tipo de informação. Além de um balcão com funcionários para orientar em vários idiomas, existe a bilheteria e o local de aluguel dos áudios. Os folders e mapas são de graça e ficam em geral expostos no balcão principal.

 Os ingressos variam de $25 para adultos, a $17 para Seniors ( idosos com mais de 65 anos), $12 para estudantes e free para crianças abaixo de 12 anos acompanhadas. Com os mapas e fones de ouvido fica fácil caminhar  e ir aos pontos de interesse. Dê uma olhada no folder com sugestões de roteiro  do Diretor, pois abrange um  maior número de galerias, bem como um maior número de culturas e objetos representativos de cada época ou civilização para uma visita de um dia. 
Hall do MET, onde se retiram os  folders , os mapas, alugam-se audios , compra-se ingressos e recebe-se informações em geral

 O museu está dividido em setores que são distribuídos pelos 1º,2º e 3º andares.São eles:  American Wing ( a ala de exposição de objetos e obras de arte americanas), Robert Lehman Collection, Arte Africana, da Oceania e das Américas, Armas e armaduras, Esculturas Européias e arte decorativa, Arte Grega e Romana, Arte Medieval, Arte Moderna e Contemporânea e exibições especiais. 
  
  Vou relatar  brevemente o que vi, só para terem noção do que é exibido  nesta enorme vitrina da arte do mundo. Uma vez no MET, escolhemos a exposição especial de  Vasos de Murano, das décadas de 30 e 40 ( século passado). Os vasos são realmente lindos e de vários  tipos , com listas, lisos, prateados, com bolas e de formas variadas.
Depois fomos apreciar a Lehman Collection, que é a casa do banqueiro líder do Lehman and Brother Investment Bank ( Lembram do caso do Banco Lehman, que quase quebrou os EEUU anos atrás?Pois é,  a coleção pertencia ao filho e sucessor do fundador desse império),  montada como era originalmente ( inclusive cm mesas postas). São móveis luxuosos, louças, baixelas,cristais,  quadros do século 14 a 20. 
Seguimos vendo as estátuas gregas, romanas e até  Rodin num pátio próximo à cafeteria. 
árvore de natal do MET, enfeites do século XVIII 

Depois foram os tesouros de Oceania e ouro das Américas pré colombiana. A parte grega é muito rica. Contém muralhas trazidas de Creta, e muitas esculturas.Trabalhos cipriotas e etruscos podem ser apreciados também. 
Pendente em marfim Rainha-mãe - arte Africana
 Na romana  foram transpostas até paredes,  com pinturas muito vivas de casas que se situavam nas proximidades do Vesúvio. As pinturas estavam praticamente intactas.

Parada para o  almoço, que fizemos em um dos restaurantes do próprio museu. Boa comida, saladas, sorvete de iogurte. Depois do almoço fomos para a banda oriental , Entramos pela parte coreana, China e seus Budas, muros entalhados,  estátuas, túmulos e muitos outros objetos. 
Na arte do Nepal fiquei impressionada com um templo de paredes rosadas totalmente entalhado, inclusive o teto.


arte  asiática - Nepal 

A arte Islâmica também é imperdível, com suas louças, tapetes, jóias e mais tantas obras preciosas.
A exposição de quadros e pinturas de artistas europeus de várias épocas, origens e escolas é uma atração à parte: Renoir, Velazques, Goya, El Grecco, Rubens, Van Dick, Vermeer, Rembrandt.....
Quem ainda não foi ao museu não pode perder a arte Egípcia, com um templo inteiro montado no local - o Templo de Dendur , além de múmias e sarcófagos. 
pinturas européias

Quando deixamos o Museu, as 5 da tarde, já estava escuro. Mas como o dia estava menos frio fomos ver a inauguração de uma árvore de natal diante do Lincoln Center. Havia corais e um certo número de pessoas apreciando o evento. Depois fomos conhecer o Shopping Center da Columbus Circle. Achei o shopping simples, nenhum atrativo especial.
Hora de ir pro hotel porque passar o dia num museu é muuuuuiiiiito cansativo. Por isto sempre escolhemos um ou dois para essas visitas nas  viagens. Não dá para ver tudo e não dá para memorizar também o que se vê.
Dia 03, visita ao Botanical Garden, 200 Southern Blvd, Bronx, NY. Para informações de como chegar, procure o site: 







  1. www.nybg.org/visit/directions.php

Ali você pode escolher como ir, desde o trem, como fizemos, ou bicicleta, ônibus, carro . Tem roteiro para várias opções. 
Nós decidimos pegar  o trem a partir do Grand Central Terminal. É bem fácil localizar o guichê, assim que se entra no saguão da estação,  os guichês ficam nos cantos , bem visíveis, Procure o North, passagem para o Botanical Garden, Plataforma 111. O trem passa pelo Harlem e Fordham. São 20 minutos de viagem. Pára justo em frente ao Portão Principal.
'Great and amazing surprise' a exposição TRAIN SHOW.
Museu Gugelheim feito de folhas secas

 Ela é  montada anualmente , no final do ano, dentro de uma das estufas de plantas. São vários roteiros de trens de todos os tipos, inclusive o famoso Thomas, tão apreciados pelo nosso neto Vitor. Os trenzinhos em questão passam diante das casas famosas de NY, feitas de folhas, gravetos, frutinhos secos, tudo coletado dos parques, que tem um a política de manejo sustentável.




Um trabalho artístico muito delicado e de um resultado incrível reproduz  a National Library, a Estátua da Liberdade, o complexo do Rockfeller Center, o MET, o Gugelheim, a Pen Station, a mansão Vanderbilt, Empire, etc..Cada canto com seu trem. Acima das cabeças dos visitantes passa a Ponte do Brooklin, mas há outras com trens maiores. Adorei, é um passeio que vale a pena, se você for a NY nessa época do ano.



Apesar do frio e do carrinho ( tipo trenzinho) ser aberto, ainda fizemos um passeio pelo parque. 


Ficamos encantados, é muito bonito. Além dos belos jardins e ambientes há um shopping simpático com muitos souvenires diferentes ( sabonetes naturais, livros culinários, aventais, panos de louça, flores secas, enfeites de natal feitos com folhas secas, pauzinhos (produtos do parque).Não são souvenires comuns, destes encontrados na Estátua da Liberdade ou nas lojas em volta do  Times Square. É algo artesanal e de bom gosto. Aproveitei para levar lembrancinhas para amigos. 
  O Parque é um espetáculo por si só, 


com sequoias e muitas coníferas. A maioria das árvores está seca e tem sua beleza,  mas devem ficar deslumbrantes nas estações mais quentes, primavera e verão. No outono,para mim uma estação especial,  as árvores ficam no tom ferrugem de uma beleza inigualável. 
Apesar de ter restaurante no local fomos informados que só abriria no final da tarde para sopas e outros pratos de inverno. Resolvermos voltar para o centro da cidade e almoçamos no Grand Terminal, mesmo. 
O Grand Central Terminal vale uma visita por ele mesmo. Escadaria de mármore, altos vitrais, Neste local há apresentações de música  e já foi cenário para filmes famosos. 

Comida saborosa: sopa de ervilha com bacon e salada Ceasar. A sopa é do jeitinho da feita na minha casa, gostei. O próximo destino foi a Times Square. Lá existe um ponto de vendas de ingressos para teatro. Tentamos os Miseráveis, de Vitor Hugo, mas não estava mais em cartaz. Desistimos e resolvemos dar mais uma caminhada pelas lojas próximas, como a Toys R Us, Gap, etc..
Dia 04: dedicado ao passeio a Estátua da Liberdade.

 Fomos de metrô para o Battery Park.(usamos muito o metrô e caminhadas porque o trânsito da cidade é emperrado e porque assim fica mais fácil conhecer a cidade). Para isto e por isto escolhemos uma boa localização de hotel, o que é fundamental nessas viagens de turismo). Estava um dia lindo. Fomos até a estação para pegar o ferry que nos levaria ao símbolo mais conhecido dos EEUU - a Estátua da Liberdade. Por causa das muitas obras no entorno nos confundimos e acabamos dando uma longa volta para comprar os tickets.  Ingressos na mão seguimos para a fila do embarque. Sempre me esqueço da segurança. Aqui também se passa pela revista da polícia, bagagens, bolsas,mochilas, jaquetas e casacos, cintos e eventualmente até sapatos.

 Ao chegarmos à ilha começou a ventar e o tempo mudou. Rodeamos a estátua e os seus jardins. Esfriava muito. Não quisemos subir até a coroa da estátua. Entramos na loja de souvenires, só para olhar. Não houve nada que nos atraísse. Como se tratava de uma obrigação, pois quem não vai a Estátua da Liberdade não esteve me NY, nós também passamos sem descer do barco na Elis Island. Quem nunca foi deve ir, Trata-se de um museu que mostra a imigração em terras americanas. Naquele local desembarcaram os imigrantes que fizeram a história americana.
voltando a Manhattan



No retorno pegamos a linha 4, Canal St com baldeação na Lexington Av. linha verde. Era a véspera da volta para casa. Acertamos o taxi e o pagamento do hotel. Pegamos os casacos pesados e saímos para almoçar. Resolvemos andar até encontrar algo simpático e achamos não muito longe do hotel. Entramos na Madison Ave e encontramos um bistrô francês que eu recomendo. Chama-se Madison Bistrô, na 238 da Madison Avenue. Delícia com scargots de entrada, 

steaks com fritas como principal e sobremesa de 4 bolas pequenas de sorvete sabores cereja, amora, limão e maracujá  uma placa de suspiro encima e outra embaixo. Toninho pediu um prato diferente, de queijo de cabra com salada.Estava linda a apresentação.Quase invejei... 


Vinho Bordeaux, claro, sugestão do sommelier. Os pratos sairam 27 dólares por pessoa. Pra lá de razoável. Ao lado da nossa mesa, uma executiva se deliciava com suas ostras, que é um prato comum em NY, mas não barato.
Satisfeitos resolvemos dar uma passada no Rockefeller Center para ver como estava o agito por lá. Era o grande dia da inauguração da árvore de natal. A escolha da data do retorno foi feita em função desse evento. Não iria perder por nada. Ficamos espantados com a multidão que já se aglomerava no local. Resolvemos ficar. Eu me sentia como se tivesse num desses shows de roqueiro, que os fãs ficam dias, dormem na fila e até levam barracas. Fazer o que?O negócio era encarar o sofrimento. As 4,30 da tarde estávamos no Rockefeller Center, na rua lateral com vista total para a árvore e o palco  do show.

 A apresentação dos  artistas , patrocinada pela NBC começaria as 19 horas e a ligação das luzes seria as 21 horas .Estava frioooo, bem frio.  Ficamos em pé, pessoas chegando. Vi que não iríamos aguentar ficar todo aquele tempo apertados no meio da massa. Nos afastamos um pouco, para trás, o local ficou mais confortável,mas a visão já não era tão privilegiada.Para visualizar o palco ,montado na pista de patinação do Rockefeller Center, era necessária uma ginastica de pescoço.   Toninho resolveu sentar e no chão. Logo em seguida todos em volta fizeram a mesma coisa. Como eu digo ele é formador de opinião, seja aqui ou nos States. (..)

 Conversando com os vizinhos de infortúnio, descansando, foi assim que o tempo passou. E qto tempo! Mas finalmente chegou a hora do show. Foi bom, com Mariah Carey, Mariana Grande,grupo Goo Goo Dolls para delírio dos fãs adolescentes. 

Depois veio a Miss Universo e por fim, junto com  o Prefeito Bloomberg ( era despedida do governante), foram acesas as luzes da árvore. Maravilhoso. Rápido para quem esperou tanto, mas foi um show lindo, de encher os olhos.



Volta ao hotel com sensação de missão cumprida. Últimas arrumações da mala e deixar tudo exatamente em ordem para levantar as 4.45 da manhã.Havia opções de pagar uma posição nas janelas e marquises dos prédios vizinhos, mas isto não nos passou pela cabeça e nem tínhamos esta informação inicialmente. Valeu viver essa experiência, voltamos ao tempo de estudantes. 
dia 05 de dezembro , as 4:45, com muito sono nos levantamos. O taxi estava nos esperando. Chovia fino,via-se as luzes de NY   embaçadas através da janela do carro. A viagem foi de 20 minutos até o aeroporto JFK.  O check in foi feito a tempo e a hora, com uma pequena surpresa pela cobrança da bagagem, maior do que esperávamos. A chegada em Miami foi tranquila, por volta das 11 horas. A empresa aérea era a Delta Airlines. Descemos num terminal bem próximo aos lockers ( guarda volumes), onde havíamos deixado nossas malas após a primeira parte da viagem. Meu marido perdeu os tickets, mas não me falou nada. Contudo  não foi difícil retirar a bagagem com o passaporte.
Alerta: Fique atento e faça revistas na frente do funcionário. Notamos que a bagagem estava revirada e as malas mais vazias. Eram objetos pessoais ( roupas de praia, sandálias e outros objetos a serem usados no clima quente do México, Bahamas, Miami e Orlando). A sorte é que não incluíam as sagradas comprinhas, já efetuadas. Mas sumiu bastante coisa  que só contabilizamos na chegada ao Brasil. De todo modo não havia tempo para queixas. Fomos para o check in da Gol. Abriu 30 minutos após a hora marcada. Mais nenhum problema... Próximo destino Santo Domingo , depois SPaulo Guarulhos. E aqui termina essa viagem, tão cheia de adrenalina e emoções boas e não tão boas. A vida não pára...as coisas e as pessoas não mudam só porque você viaja. Mas a expectativa sempre é boa, talvez por isto o que pesa mais na balança é a parte positiva. Viajar é preciso. Nos vemos em alguma parte do Planeta nas próximas férias.

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