segunda-feira, 13 de julho de 2015

LE MONT SAINT MICHEL E CHARTRES

Mont Saint Michel

 
Mont St Michel


Numa manhã cinzenta de primavera, partimos de Fougères para o Mont Saint Michel, na Normandia. Uma vitrine medieval para o  mundo. A Viagem durou 1 hora. Estávamos confiantes na melhoria do tempo e temperatura porque o serviço de meteorologia anunciava dia ensolarado, o que se confirmou à tarde.
O ano de 2015 crava um novo marco na preservação do Monte: o seu retorno a condição de ilha. Demos sorte de estar ali neste momento histórico, embora tenha sido por puro acaso. 
Grandes mudanças tem sido feitas ao longo de uma década. Uma delas é colocar o estacionamento distante das muralhas do pequeno povoado, que agora dista cerca de 4 km. Bolsões foram criados para oferecer conforto e segurança aos peregrinos e visitantes em geral e ajudar nos cuidados com o ecossistema local. Custa cerca de 8,50 Euros pelo dia, o que inclui a travessia por ônibus.  Não há muita espera para tomar os "shuttles" , apesar das filas (considerando-se que esse era um feriado prolongado) Ainda foi possível entrar com o carrinho de bebê.

Vista a partir do estacionamento

O ônibus que liga o continente à ilha também não chega ao largo de entrada da cidade medieval. Perto do final do corredor e dali mesmo, sem necessidade de manobra, retorna para o ponto original a busca de mais passageiros. O motorista é que muda de lado. Muitas pessoas contudo, fazem o percurso a pé, que é bem agradável, com uma bela paisagem se descortinando e a vista única do visitado Monte. Não nos aventuramos porque já antevíamos as dificuldades para andar pelas ruelas estreitas em ascensão e muitas escadarias com criança.  
Descendo do ônibus ainda caminhamos um pequeno trecho até as suas portas e paramos para a seção de fotos. A visão que se tem já é um retorno no tempo. Uma pequena ilha rochosa apinhada de construções, que consistem em  torres, passarelas, casarios e as muralhas. 
Patrimônio da Humanidade pela UNESCO desde 1979 a tendência e os projetos atuais levam a que se retorne tudo ao status quo ante, para que aquela beleza não se acabe. Com tanto trabalho do mar nas suas encostas e mais a atuação do Homem, é de se pensar como ainda resiste.
Pelos relatos,  a invasão das águas, isolando o pequeno elevado deu-se há cerca de 3300 anos, na Idade do Bronze.
Mas a sua conformação, como a vemos atualmente deveu-se a um terremoto ocorrido no século VIII, época em que  o bispo Aubert dedicou o monte a Saint Michel. Houve acomodações que permitiram ao mar assumir todo o seu contorno, definitivamente.
Em tempos remotos, um istmo natural o ligava ao continente e este era regularmente invadido pelo mar na maré alta. Foi então reforçado por obras o que o tornou uma passagem permanentemente seca. 
passarela seca que liga o continente à ilha

As obras de canalização do Rio Couesnon, cuja desembocadura dá-se nesse local, provocou um impacto ambiental devido ao acúmulo de sedimentos trazidos pelo mar e a dificuldade do seu retorno. Ganhou-se terra, o que foi sendo ocupado por rebanhos de ovelhas. Isto por causa da canalização do Rio, que  não teve mais forças para a limpeza do material depositado, assoreando a baía e dificultando o avanço das marés. Com medo de perder uma das mais icônicas belezas naturais do país,  a comunidade francesa pensou na solução de desfazer as obras e torná-las ao estado original. A idéia foi construir passarelas de madeira,permitindo que a água escoasse por baixo e as pessoas pudessem cruzar sem o risco de se molhar ou serem impedidas de chegar ao outro lado com a maré alta. No Rio Couesnon foi feito um dique que libera a água após a maré alta e assim retoma o necessário trabalho de limpeza da baía. E com isto  não se perde o berçário natural de vida marinha. A fauna e a flora saem vitoriosas nesta reconquista. Um projeto digno dos maiores elogios. 
Naquele ponto fronteiriço entre a Normandia e a Bretanha ainda desembocam dois outros rios: o Sée e o  Sélune. 


O desenho que se forma da junção destes é todo sinuoso, e a pintura assume as várias tonalidades do verde da vegetação e do cinza do fundo do mar ( exposto nas marés baixas) ou o azul escuro das águas na maré alta. As marés são outro show neste pequeno pedaço da Mancha, pois chegam a proporções incríveis ( 12 a 15 metros na alta ). A paisagem muda radicalmente entre  as marés. É um espetáculo que atrai muitas pessoas para ver o mar tomar conta de todo aquele imenso vazio. E tudo se dá rapidamente, " um cavalo a galope" como dizem os locais. A paz e calmaria no grande fosso que contorna a ilha pode se tornar uma perigosa armadilha para os que desconhecem o fenômeno. A água vem em grande velocidade e  a pessoa corre riscos de vida se estiverem no seu leito. Por outro lado as águas podem fluir de baixo e é quando as areias se tornam movediças. Todo cuidado é pouco. O que é lindo pode ser tornar trágico. 

                    UM POUCO DE HISTÓRIA

O que foi outrora um burgo com grandes construções aboletadas sobre as rochas começou com o seu domínio pela igreja Católica. O Bispo de Avranches (nas imediações) o dedicou a St Michel, após um sonho com o Arcanjo. Vale a pena conferir a lenda e a pintura no interior da Abadia. Isto ocorreu no século VIII, ano 708 DC. A história se espalhou oralmente, não existe documentos dos acontecimentos no período em que ocorreram. Há porém um relato tardio denominado “La Revelatio”, que vem alimentando as informações históricas. 
Inicialmente, diz-se,  foi entregue aos Anacoretas, monges que viviam de orações e em estado de pobreza. Mais tarde vieram os beneditinos, que também viviam modestamente, apesar de toda a riqueza da obra que foi sendo erguida. A Ilha dobrou de altura e passou a ter 170 metros.



As construções começaram com uma igreja e seu mosteiro, no estilo romanesco e embora a maior parte foi destruída ou mal construída e veio abaixo, algumas partes ainda subsistem. 
Nestes primórdios a Normandia  era um ducado independente da França e mantinha um associação com a Inglaterra. O Duque da Normandia reconstruiu muitas das igrejas e mosteiros da região, destruídos pelos normandos quando ocuparam aquela área.O Mosteiro foi incrementado e o  lugar passou a ser de peregrinação. Aos poucos foi recebendo ilustres visitantes atraídos pela fama do lugar, dentre eles reis, rainhas e príncipes. 
O Duque Richard da Normandia casa-se com Judith da Bretanha no Mosteiro, com a presença dos nobres das duas províncias. O Monte vai atingindo o seu apogeu de riqueza e a Abadia recebe muitas doações, inclusive terras nas várzeas próximas. Ali criavam animais para suportar as necessidades dos residentes e dos peregrinos. Ainda hoje existem ovelhas, que como as suas parentes primitivas degustam aquele saboroso pasto, composto de ervadoce marinha que com o salitre faz a delícia da alimentação do rebanho.

O Mosteiro cresceu ainda mais sob o comando do Abade Robert de Thorigny, que enriqueceu a biblioteca com manuscritos raros e também mandou construir uma hospedaria no lado sudoeste da ilha.  Recebeu nesta ocasião o Rei Henrique da Inglaterra (de quem era conselheiro) que veio acompanhado do Rei da França Luiz VII, pelo arcebispo de Rouen e pelos cardiais que se tornariam papas.

As cerimônias de recebimento dos ilustres visitantes foram grandiosas e impressionaram os que as viram e os que delas tiveram conhecimento.

As festas religiosas caíram no gosto dos Monteses ( como são chamados os seus habitantes)  e geografia do Monte ajudava bastante a dar ares de representação teatral, com velas, procissões e as roupas especiais usadas para a ocasião. Ali também foi cultivado pelos monges, o canto gregoriano, ajudado pela excelente acústica das igrejas e capelas, embelezando e dando ares solenes às missas e outros eventos religiosos.



No século XIII a Normandia é anexada à França.  Violentas batalhas mancham de sangue o território normando que é invadido pelo Rei Felipe Augusto da França. Por conta das brigas parte da Abadia e parte da Vila St Michel são incendiados. É o ano de 1204. 
Com o retorno da paz o Rei Felipe Augusto resolve reconstruir o que foi danificado e manda bastante ouro para lograr este intento. Os Monges então resolvem refazer o Mosteiro com mais espaço e luz, uma vez que viviam confinados a salas escuras e pequenas.

O conjunto denominado “A Maravilha” é construído.  


Foi grande o desafio imposto aos arquitetos. Não havia muitos recursos para levantar uma obra portentosa, pesada e ampla sobre as pedras da ilhota.

Para isto construíram pesadas estruturas de apoios na parte exterior e tiveram que se superar na escolha de material leve a medida que a obra ia subindo. Questão de segurança, já que a área poderia estar sujeita aos caprichos da natureza ( tremores, ventos e chuvas).

Os três andares foram assim distribuídos: a parte inferior recebeu a capela e adega. São reforçados por grossas paredes e abóbadas que dão equilíbrio aos andares  superiores. A parte mediana foi destinada aos hóspedes, bem como a uma sala dos Cavaleiros. Sala esta destinada ao aconchego da comunidade dos monges, posto que sendo um lugar muito frio era ali que se protegiam com imensas lareiras e muitos tapetes. No andar superior foi instalado o Claustro e o refeitório. 

Sob a dominação francesa, a Abadia desfruta de grande autonomia, sem a interferência do Rei da França, podendo eleger seu Abade com liberdade.

Na guerra dos Cem Anos entre a França e Inglaterra surge a necessidade de se reforçar as defesas do vilarejo. Agora as contendas não são mais com pedras e espadas, mas com armas e canhões. Portas, Muralhas, torres e uma ponte levadiça são erguidas. A Vila adquire ares de cidadela. O Monte se transforma em uma das fortalezas mais bem protegidas da época. Mesmo com estas medidas o Monte acaba caindo novamente nas mãos dos ingleses. Pela atuação belicosa é derrubado o coro românico, que não foi reconstruído (fazia parte das obras mais antigas). 
As derradeiras construções foram as protetivas: a Torre do Rei, a Torre Cholet , a Torre Beatriz e a Torre da Arcada ( Aparatadas com canhões e guaritas que servem de observatório).

Com a Revolução Francesa e a dissolução das ordens religiosas, a ilha se tornou uma prisão de religiosos e políticos. Mais tarde foi desativada desta finalidade e acabou caindo em decadência e os prédios em ruínas.
Mesmo assim ainda acorriam ao lugar peregrinos e visitantes até que Napoleão entendeu a sua importância histórica e arquitetônica para a França. Então foi elevada à condição de Monumento histórico em 1874 e começaram a ser feitas restaurações. No século XX, mais precisamente em 1979 passou a ser Patrimônio da Humanidade pela UNESCO. A Baía que a abraça foi agraciada com o título em 1987.
                       A VILA


rua dda Vila do Monte St Michel

As portas são antecedidas por um largo. Uma vez transpostas, o que se vê no seu interior é uma verdadeira Torre de Babel. Gente de todas as partes do mundo caminhando, observando São realmente encantadoras aquelas casas em pedra parecendo continuação das rochas que as sustentam, outras com travas de madeira , flores e floreiras nas janelas, nichos e oratórios, memórias de um passado que fascina. Inúmeras máquinas fotográficas registram ruelas e becos, casas, escadarias e igrejas, tudo muito bem conservado. 

  Logo na entrada vê-se as creperias e restaurante e o conhecido Restaurant Mére Poulard. Essa marca é dona de quase tudo por lá e é famosa por fazer os crepes, em fogo no chão, tendo as frigideiras cabos longos. Obedece a um ritual que merece ser apreciado. É só se encostar nas vitrines ou entrar no recinto onde fazem os quitutes. É considerado uma delícia gastronômica . Por ali se compram os famosos biscoitos que levam a marca. O comércio é agitado, há muitas lojas que vendem souvenirs, roupas e mil e um objetos. Ficamos passeando naquelas ruelas até dar meio dia e aí tinham nos aconselhado a ir cedo para os restaurantes porque depois fica impossível e há esperas longas.


                         DIA DAS MÃES

Como o Mère Poulard ficava na parte interior da rua, escolhemos um restaurante da mesma rede, mas no lado do mar. Sobre as muralhas. Fica a dica. Há opção de sentar-se no terraço, a céu aberto, ou dentro dos restaurantes com vista para o mar. Ficamos dentro porque fazia frio e ventava muito apesar do sol que começava a dar ares de sua graça. Como era cedo conseguimos uma prilegiada mesa junto aos janelões de vidro.


 Festejamos lá o dia das mães, foi realmente gostoso. Comemos ostras, camarão  e como sobremesa crepe caramelado (para variar). Tudo regado a bom champanhe para festejar o dia especial.

a gastronomia privilegiando os frutos do mar 

Um parênteses para aconselhar a comida: ou escolhe crepe, os famosos da região e feitos com todo o ritual da tradição, ou os frutos do mar, sempre fresquinhos. Há vários restaurantes e você pode escolher qualquer dos charmosos e aconchegantes existentes.  Como o lugar é pequeno é só escolher ao longo da rua principal, ou nas laterais, ou ainda caminhando pelas muralhas. Não há dificuldades. Siga seu feeling e sobretudo vá mais cedo. 
                
                    A ABADIA E O MONASTÉRIO

Depois desses momentos divinamente saborosos, fomos subindo as escadarias de pedra , apreciando a fachada das casas normandas. 

Seguimos para as Igrejas.
a primeira é a igreja da comunidade, dedicada a São Pedro. Ali há também um cemitério para moradores. Uma grande cruz de granito é marca este ponto.

Igreja de S Pedro

Chegando ao alto, as construções e seus terraços banhados pela ainda tênue luz do começo da primavera tinham um efeito de sonho.
Agora ao vivo e a cores podemos apreciar o que falamos no histórico da Vila.
A Abadia e todo o conjunto, inclusive o campanário são espetaculares.O acesso dá-se através do amplo terraço chamado Plomb du Four, e o ingresso é pela porte  Românica. Aqui duas épocas e duas escolas se confrontam. Parte da Igreja, onde está a fachada e a nave principal são do século XI, levaram 60 anos para serem construídas e seguem o estilo românico. Os muros laterais possuem três andares com janelas e aberturas em arcos e o teto leve é forrado de  madeira, tipo taubilhas.

paredes românicas

 Já o coro, com um traçado elegante, em que vitrais e pilastras longilíneas se alternam,  foram construídas quatro séculos depois e seguem a arquitetura gótica.
O coro flamígero em estilo gótico (1450-1521)

O local é de oração, a Abadia hoje retomou sua função religiosa.
Do lado de fora apreciamos o alto Campanário,erguido no século XVII em substituição à antiga torre maltratada pela queda de raios. No seu topo, abençoando e protegendo sua ilha o Arcanjo Michel, todo em dourado.
As próximas partes a visitar são as autenticamente góticas e que se denominam MARAVILHA, como já fizemos referência acima. Começa-se pelo Claustro, no plano superior, com aberturas para o mar. É estonteante. 
Alcança-se  em seguida, um dos locais mais lindos do Monastério: O CLAUSTRO

Claustro

o Claustro, também construído nos albores do século XIII,  lembra imediatamente o Pátio dos Leões do Alhambra, em Granada na Espanha. Um pátio interno,quadrado, cujo centro a céu aberto é forrado por plantas, flores, e um tanque. Ao redor um avarandado coberto, para o uso dos monges, suportado por belas pilastras de granito ( colocadas em substituição às originais, de calcário, na sua restauração). Entre as arcadas das pilastras há uma pedra calcárea que permitiu esculturas lindas de flores e alguns animais. Todos os espaços são delicadamente talhados. 


 O próximo cômodo foi o refeitório,construído no século XIII. Tem o teto abobadado de lambris de madeira, como o da Igreja. Para suportar o seu peso as paredes inferiores são bastante grossas. Embora com estreitas janelas , a grande sala é bastante iluminada. Tudo foi conscientemente planejado para dar este efeito. 

refeitório


Agora vamos descer para conhecer no segundo piso a Sala dos Hóspedes. Aqui eram recebidas pessoas ilustres. As lareiras são imensas e há um fogão que se assemelha a lareira, em cujos vãos se preparava a comida. A sala é bastante elegante, com arcos em ogivas. Dizem que a noite os empregados enchiam o chão de palha para os hóspedes dormirem. Um banheiro coletivo servia a todos. Não havia muito conforto, mas estas visitas eram mais com objetivo de peregrinação.
O total dos cômodos expostos à visitação é de 20, incluindo os aposentos do abade, capelas mais antigas e criptas. 
Descendo mais e passando por inúmeras salas com pilastras, como a cripta das grandes pilastras chega-se a uma roda, que se assemelhava a dos monges, e servia para içar comida e outras cargas para  o alto da Abadia. Mais recentemente, na época em que se tornou presídio era acionada pelos presos que caminhava no seu interior, para impulsionar a roda. Neste local também existe um ossário. 

Na saída passa-se ainda por uma loja de lembranças, como livros, postais, medalhas, etc.. 
A parte externa contorna um jardim, com uma magnífica visão da baía.


Um local bastante aprazível, com canhões fez a festa do nosso neto. Agora revezávamos cuidadando dele para os pais visitarem com calma o monumento.
O lugar realmente vale a pena. Mas como tudo acaba, a gente vai saindo e indo conhecer outros lugares. 

CHARTRES
Catedral de Chartres

Partindo para Paris resolvemos parar em Chartres visando conhecer principalmente  a sua enorme catedral gótica. A Igreja é católica e um local de peregrinação, também chamada de Catedral de Nossa Senhora de Chartres. 
É claro que primeiramente visitamos a cidade. Já perto do centro histórico deixamos o carro num estacionamento subterrâneo e iniciamos o passeio a pé. Há muitos restaurantes e acabamos escolhendo um ao lado da igreja. 
Deu para ficar ao ar livre, o que facilita com os aparatos de criança. 
A comida gostosa também.  O sol e o calor ajudaram na empreitada. 

restaurante na lateral da igreja

Chartres fica a 80 km de Paris. O grande monumento que atrai visitantes à cidade é a Catedral, que pelas suas dimensões pode ser vista a longa distância. Construída em 1143,no estilo romano foi destruída pelo fogo em 1194. Sobre suas ruínas se edificou, do mesmo ano até  1250,  uma nova Igreja. Esta atravessou o tempo e as guerras e se manteve bastante preservada assim como seus famosos e belíssimos vitrais. 
As fachadas são adornadas por muitas esculturas,originalmente haviam 24 grandes estátuas e 300 figuras.Hoje subsistem apenas 19, mas todas magistralmente entalhadas.Elas servem de bordadura para as portas centrais, as de entrada e que são denominadas de Portas Reais. As suas altas torres são assimétricas e foram construídas em épocas diferentes.

a fachada e suas esculturas


Logo na sua entrada há um labirinto desenhado em pedras no chão, o que até hoje não tem a finalidade claramente explicada. Dizem que é um percurso para os peregrinos e espaço para meditação. 
o lsbirinto



Seus vitrais são as obras que mais chamam a atenção. Não só pela beleza das cores, como o azul cobalto de algumas delas, mas porque são originais. Datam dos séculos XII e XIII. O seu total era de 176 dos quais 152 sobrevivem em perfeitas condições. Eles filtram uma luz discreta para o interior da Igreja, que se mantém na penumbra. Durante a II Grande Guerra Mundial ditos vitrais foram removidos  e escondidos nos arredores da cidade, para serem recolocados ao fim da guerra. Genial a idéia. Eu agradeço. 

vitrais dos séculos XII e XIII

Cada obra de arte desta deve ser observada com cuidado. Há na sua fachada frontal uma grande rosácea, assim como nas entradas laterais. Totalizando 3. 
A Igreja ainda conserva um relicário, que acredita-se seja o manto que Maria envolveu o Menino Jesus, quando nasceu ( a Santa Camisa. Situa-se num dos altares ao final da nave.  

a Santa Camisa

A Cripta é das maiores existentes nos templos católicos, só sendo superadas pela Igreja de São Pedro, em Roma. Nela é possível apreciar-se as estruturas da antiga igreja romana sob a qual se erigiu a atual gótica e também algumas estátuas que foram retiradas da sua  fachada e substituída ´por réplicas. Ainda na Cripta existe um poço Druida ( e há todo um misticismo a rondar as suas águas), que se mantém em perfeito estado, bem como  a réplica da estátua de Nossa Senhora Sous-Terre. 
Dentre muitas  obras, tapumes e andaimes cumprimos a missão de visitar Chartres. Faça o mesmo, não se arrependerá, mas o melhor é esperar que as reformas se concretizem. Au revoir.  
HORÁRIOS DE VISITA: de maio a  3 de setembro aberta das 930 am às 12,30 pm e das 2pm às 6 pm; de 4 de setembro  a 30 de abril das 9,30 am às 12,30pm e das 2:00 pm às 5:00 pm.
Visitas guiadas todos os dias no verão ( maio a agosto) às 16 horas. No período seguinte  apenas aos finais de semana,  às 15 horas. 







2 comentários:

  1. "Ainda que viajemos o mundo, em busca da beleza, devemos carregá-la dentro de nós ou não a encontraremos". (Ralf Waldo Emerson)
    Você encontra a beleza!

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