terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

BUDAPEST - PARTE II


do lado esquerdo do Rio está Buda , que do alto da Colina do Castelo contempla Pest ( onde se situam os teatros, hotéis, parques , monumentos e a maioria das atrações da  cidade. )


Continuação.... Conhecendo Budapest...
Aqui estamos de novo , subindo pelo teleférico para fazer uma varredura no Bairro do Castelo.

A vista é  ou não é um show?



Chegando ao topo da colina  pelo Bdvari Siklo ( o funicular)  fomos andando de rua em rua, apreciando as lojas de louças, comprando algumas ( como meu sino de natal que faz sucesso desde então entre os netos). Paradas estas, que não agradam os maridos.Também os vendedores são eloquentes, simpáticos e não largam a gente. Querem saber tudo do nosso país ( falo de mim e da minha irmá que me acompanhava).


Rua do Distrito Buda


fachada de casa no Distrito Buda


as floreiras são comuns e embelezam a casa, a rua , o bairro, a cidade


Após este agradável recorrido, fomos à Igreja de São Mathias, famosa por ter sido o local de coroação dos monarcas húngaros, inclusive os Imperadores Franz Josef e Erzsbeth ( a Sissi) do Império Austro-Húngaro. Está situada na Szentháromsag Tér, 2. Aqui o endereço é só uma referência  pelo exótico da lingua  (para nós, claro!), porque não é necessario  saber o nome da rua para se chegar a esses monumentos , já que  são visíveis de qualquer ponto do Distrito Buda, onde você estiver. Construída em estilo gótico no século XIII essa igreja antiga sofreu muito ao longo de toda a sua longa existência. Foi transformada em mesquita no século XVI, durante a ocupação turca do território húngaro. Destruída pelas batalhas veio a ser restaurada por frades franciscanos no século XIX, mas em estilo barroco, restando algumas poucas lembranças do antigo estilo gótico com que foi concebida. As últimas guerras também a afetaram severamente e a conclusão do restauro se deu em 1970. Mas ficou uma obra prima, começando pelo seu exterior.  O  telhado é todo em desenhos geométricos  e de um colorido muito harmonioso. Foram acrescentandas gárgulas e esculturas de santos em suas paredes. Na entrada lateral, onde se dá o acesso à igreja, existe um frontão em estilo gótico, de grande beleza, relembrando seus primórdios. Fique atento a todos os detalhes.



Porta lateral de entrada, encimada por frontão gótico ( memórias de seu passado) e a Torre Bela em homenagem ao Rei Bela IV


telhados coloridos da I de S. Mathias
mais detalhes da I de s Mathias
O seu interior é impactante. com uma  construção muito bem planejada,  desde o alinhamento das colunas , à perfeição das abóbadas, passando pelo misterioso púlpito que lembra um chapéu de bruxo, aos desenhos do piso. As pinturas e os afrescos enchem cada espaço de  pura beleza. Nunca vi nada igual e você até vai se cansar de tantas interjeições ...porque virão mais.
No lado esquerdo da nave central , subindo as escadarias você encontra um Museu Eclesiástico de Arte , onde estão as réplicas da coroa e cetro dos reis húngaros , cujo original encontra-se no salão principal do Parlamento ( do outro lado do rio). Se tiver tempo assista  uma missa ao som dos órgãos antigos.A Igreja abre as 9:00 e fecha as 17:00 horas. Sábados e domingos fecha as 13 horas. 


réplicas da coroa e cetro no Museu Eclesiástico de Arte,  no interior da Igreja




o pulpito
.
nave central


detalhes das pinturas vista da galeria lateral
Mas se pensam que viram tudo de belo, apreciem o monumento vizinho; O BASTIÃO DOS PESCADORES, com os quais a Igreja do século XIII faz conjunto. Foi construído muito mais tarde que a Igreja Mathias, ou seja, em 1895. Debruçada sobre o penhasco , aquela intrigante arquitetura é um mirante que tem aos pés parte de Buda, o Rio e a cidade de Pest, até onde a vista consegue enxergar.



as escadaria vão até a beira do Rio Danubio







o Bastião e a Igreja
vista dos dois lados: Buda e Pest


O formato das cúpulas das torres do Bastião lembram a Ásia, de onde as tribos Magiares procediam antes de conquistar o território da atual Hungria. É só uma ilação, mas me passou pela cabeça este ponto em comum .... Para voltar descemos pelas escadarias. Por mais dificuldades que se tenha é uma tentação cruzar os jardins ao longo da escadaria e sentar-se para descansar tendo aos seus pés todo aquele cenário. Essa descida lembra as escadarias de  Montmartre.
Voltamos de Metrô até a Praça (Tér) Deak Ferenc,  no centro da cidade. E saimos caminhando pela Andrassy Ut ( a principal avenida)  e apreciando os belos prédios. Falemos antes do Metrô.

O metropolitano de Budapest tem 3 linhas novas. Lembram as do metrô de  SP, Impecavelmente limpo e prático.  A gente tem que se adaptar àquele idioma difícil demais da conta ( como se diria em bom mineirez), para se orientar lá dentro.   Constatem  abaixo e se acostumem a decifrar os sinalizadores.


Entendeu?
A Deac Ferenc Tér é muito central e é a estação que faz as interligações com as demais linhas. (Falarei da linha mais antiga na proxima postagem). Neste local estão hotéis de luxo, como o Radisson,  o Meridien e outros. Caminhando um pouco no sentido da Vorosmarty Tér encontramos o simpático Bistrô e Café Gerbeaud . 




bistrô Gerbeaud

Sentamos na ensolarada praça, mas tivemos que colocar  no colo as mantas vermelhas que ficam nas costas das cadeiras para aplacar o frio. Sempre sopra um ventinho  desconfortável nessa época do ano e as mantas são muito bem vindas. O serviço foi bom, a comida muito saborosa embora eu tenha estranhado um pouco o sabor adocicado da sopa de ervilha. Ficamos entusiasmados para tomar um lanche uma tarde dessas no Café famoso . Não só por causa de suas iguarias, mas pelo charme de ter sido um dos locais apreciados pela  Sissi. Dizem  que ela dava umas escapadelas para experimentar aquelas delicias que até hoje são feitas por respeitados  mestres patissiers. 
 Dali saimos pelas vizinhança para visitar o Ópera, a Sinagoga mais antiga da Europa, rever a Basilica de Santo Estêvâo , além de apreciar o casario antigo e muito bem conservado.








 A noite tínhamos compromisso com as danças e músicas ciganas, no Duna Palota, um antigo teatro, que se situa a três quadras da Basilica de Sto Estêvão,  na direção do Rio Danúbio, quase diante da Ponte das Cadeias (que leva ao funicular de Buda). O nome da rua é impronunciável: Zrínyi, 5.
Confesso que não conseguia ficar com os olhos abertos. A cadência da música e do sapateado me levou muitas vezes a um sono profundo. Cansaço mesmo. Na verdade eu prefiro outro tipo de show e este folclórico já vi similar em Sevilha.




Ficamos na galeria, pois não havia mais lugar disponível na platéia. Lá empoleirados., apreciando os afrescos e os desenhos em gesso do teto. Bonito, por sinal.



Saimos do Duna Palota e como a fome apertava fomos fazer um lanche  na mesma rua. Pelo adiantado da hora acabamos ficando numa daquelas danceterias. Acho que a nossa chamava-se Otker, excelente tratamento e comida muito boa. Mas não ficamos na balada, até porque ainda estava vazio ( cedo para a balada, tarde para quem andava pelas  ruas perambulando depois do teatro).
 Mas tem mais.. amanhã falarei sobre o Mercado. Acho que tem ficar em destaque num começo de Post. É fantástico, não percam... KÚKSU ....




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