terça-feira, 27 de outubro de 2015

GENEBRA


FESTEJANDO A NOSSA CENTÉSIMA POSTAGEM

Lago de Genebra e o ponto do Jet D'Eau




O que diz meu diário de bordo: "a viagem está chegando ao fim. "
Então tratemos de usufruir mais  um dia na região alpina.
A comida do dia anterior não pegou bem, queijos gordurosos provocaram aquele mal estar, mas nós não nos rendemos. Fomos um pouco mais tarde para a Gare. Destino: Genéve. Passeio de um dia apenas para rever o Lac Léman, as flores nas floreiras das pontes, a parte antiga da cidade. Faz bem pros olhos toda aquela beleza. Os próximos trens  partiriam a tarde, informavam os painéis. Mas isto não estava nos nossos planos. Então resolvemos virar a  bendita máquina de pernas para o ar e acabamos  encontrando um horário para aquela  manhã. Compramos e aguardamos. Mas achamos estranho que na tela de informação tinha um ônibus atrás da indicação do horário e da plataforma. Sim, era ônibus da SNCF, pertencia à cia de trem.
 
 
 Nos informamos e ele saia da plataforma 2 do estacionamento, ao lado da Estação. Nos apresentamos e embarcamos. O ônibus faria uma parada com baldeação na pequena La Roche sur Furon e o seu destino final seria a Estação "des  Eaux Vives". Sabíamos  que a estação central de Genebra era a Gare du Cornavin. Onde será que iríamos parar. Bateu uma certa insegurança. Descemos na primeira parada, em La Roche para troca do ônibus. Afinal a viagem era internacional.  A cidade é muito bonitinha,  como as cidades daquele cantinho do mundo. Flores por todos os lados , nos jardins, ruas e casas. 
O ônibus estacionou na praça e diante dele já estava o nosso outro ônibus rumo ao destino final: a capital da Suíça Francesa. Saiu em 10 minutos. O motorista era de péssimos bofes. Não informava nada e nem queria saber de nada. Quando saí alertei a ele em alto e bom tom:" lidar com turismo exige mais do que saber dirigir". Mas vamos esquecer o bronco pois passamos por vales e montanhas, rios e florestas e românticos chalés, tudo muito caprichado parecendo mais foto de "folhinha" ou um óleo sobre tela  do que realidade.
Gare des Eaux Vives - Genebra. Foi de fato uma má surpresa porque se tratava de uma estação fantasma. Desativada todo pixada e grafitada. Ninguém para informar. Tentamos achar um taxi e nada. Veio um bonde e pensamos: vamos ver onde nos leva, mas aí nos demos conta que estávamos sem francos suíços, tínhamos Euros. A Suíça não aderiu à Comunidade Europeia... Fomos na máquina de trocar dinheiro e não funcionava. Xiiii estávamos num mato sem cachorro e sem mapa. Somos confiantes demais! Onde já se viu sair assim... embora já conhecêssemos o lugar  nunca se conhece tudo. Me lembrei do Parque das Águas Vivas que ficava diante do lago. O nome é de um bairro ou região da cidade. Já tinha ido lá com meus filhos. Então não estávamos longe. Mas para que lado seria? Fomos até a avenida mais movimentada das imediações e começamos a subir a rua. Aí meu marido raciocionou. Se queremos ir para o lago, não podemos subir e sim descer..o lago não pode ficar na subida, mas na parte mais baixa... Mais lições de geografia que surgiram. Quem diria que nos valeriam tanto assim. Voltamos pela mesma calçada e Ufa! alívio. Passadas umas duas quadras já avistamos placas e indicações do centro e do Lago. Aí relaxamos e fomos apreciando tudo, porque ali o território era familiar.
 
Prefeitura
 
 
No Jardin Anglais, próximo ao Relógio de Flores, pegamos um dos bondinhos que circunda a margem do lago no Quai Gustave-Ador. 
 
Bondinho - Jardin Anglais junto a Ponte Mont-Blanc
 
 Passamos diante do velho e bom Parque das águas Vivas, com o austero e imponente prédio e seus jardins,  que foi residência da família Favre, mas hoje é aberto ao público. 
 
Park des Eaux Vives
 
 Apreciamos ainda as belezas do lago cheio de embarcações, de uma cor azul intensa, montanhas ao fundo, inclusive o nosso tão contado e cantado Mont Blanc.
 
Promenade du Lac
 
Promenade du Lac
 
 Ainda pudemos apreciar, mesmo que de longe, os prédios de  organismos internacionais como a ONU , OIT, OMS, CRUZ VERMELHA.
 
ONU
  
No retorno e na parte antiga da cidade fomos  rever as ruas comerciais, visitar a igreja, que nunca estava aberta de outras vezes que lá estivemos e cincunvizinhanças com seus prédios históricos.

Ao fundo a Catedral de St Pierre


Unfortunately o Jet D'Éaux ( uma fonte que esguicha água a bastante altura e pode ser visto de todos os ângulos no lago) estava desativado. Não souberam nos dizer porque, mas possivelmente,  manutenção.
Começamos a caminhada pelo Relógio de Flores , estendendo às vizinhas esculturas, em meio às árvores e flores do jardim que margeia o lago.

Relógio de Flores nos Jardins Anglais




 
Na cidade velha pudemos enfim conhecer por dentro a Cathédrale de St Pierre (Place du Bourg-de-Four, 24) e a Église de la Madeleine (Rue des Toutes-Ames).

Eglise de Madeleine


Eglise de la Madeleine


Madeleine


Entre Madeleine e a Catedral existe um local denominado Terrasse Agrippa-D' Aubigné.  É uma parte alta aos pés da Catedral, onde se pode descortinar os telhados de Genebra. É construído sob os antigos muros da cidade. Há escadas e rampas e numa delas encontramos este belo painel em mosaico, em pedras.

Terrasse Agrippa-D'Aubigné

 A Catedral possui no seu subsolo um sítio arqueológico com cerca de 3 km de extensão.
Cathédrale de Saint Pierre
Cathédrale de St Pierre


Não descemos porque nosso tempo era exíguo e o sol exterior estava muito convidativo. Fica pra uma outra vez, que voltarmos para conhecer mais e especificamente os tesouros da Suíça. Hora do almoço. Os restaurantes estava cheios e com mesas nas calçadas, numa alegria coordenada .

Place
 
Rue du Bourg du Four
 
 
Descendo pelas ruas laterais saímos diante do Palácio da Justiça com uma inusitada "cave". (sem comentários e sem traçar paralelos...)





Depois saímos displicentemente pela Rue De La Croix D'Or, que é a rua de comércio,  mais classe média com lojas como a  C&A, HM, Michael Kors.

Rue de Rhône
Numa paralela mais na direção do lago passeamos pela Rue de Rhône, com lojas de alto luxo, como a Chanel, Versace, Gucci, Prada etc..mas também tem a Zara.

Place du Molard

Bem, os preços são tão salgados que uma echarpe que me encantou custava 250 FS ou R$950,00. A vendedora me garantiu que era de  pashmina. Deveria ser, muito macia.
Mas um desatino... pois as passagens de primeira classe de trem para muitos destinos eram inferiores a este preço.
Paramos para uma alimentação frugalíssima em razão do estado de saúde do dia anterior. Dieta rígida.
Depois do almoço nos dirigimos para o outro lado do lago, na direção Gare de Cornavin - Rue des Alpes.

Ponte Mont Blanc


Ponte Mont-Blanc



 Dezenas de hotéis de luxo naquela margem denominada Quai Mont-Blanc,   tais como o Four Seasons, D'Angleterre, Kempinsky e, numa transversal o  Richemond  vizinho a famosa Sotheby's, cujas floreiras eram uma profusão de flores.


Quai Mont Blanc

Monument Brunswick no Quai MOnt-Blanc

 

Quai du Mont Blanc

Hotel Richemond junto à Sotheby's

Agora estávamos tranquilos porque nossa passagem era de trem e saia da Gare  central. A Gare é cosmopolita com muita gente transitando, muitas lojas, restaurantes. Salas especiais para espera.

Gare Cornavin

 Retornamos  no começo da noite e  chegamos a Annecy as 21,30 horas. Ainda arrumamos o resto das bagagens porque o dia seguinte voltaríamos a Paris e  em dois dias a São Paulo-Brasil. Ainda deu para curtimos um queijo , vinho e tortas na casa do filho e dar um até logo a Montmartre.

 
Encerro aqui o meu relato da viagem à França. Gostamos muito. Foram poucos e insignificantes os contratempos. Ganhamos experiência e conhecimento.
Mas, como não acabei de escrever sobre minhas memórias das viagens à Hungria, República Tcheca e Polônia retornarei em breve. Me aguardem.....A Bientôt.

 


FIN
 

2 comentários:

  1. Parabéns pela centésima postagem!
    São ótimas essas viagens virtuais que você nos proporciona.
    Que venha mais!

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  2. Agora, sim, eu consigo ler até no smartfone. Demais, Bj.

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