domingo, 3 de outubro de 2010

ARRIVAL

A viagem foi desconfortável. O avião estava lotado, os comissários não conseguiam atender todos os passageiros. As bebidas chegavam muito tempo depois de se concluir a refeição. Ainda bem que quando acordei já divisei Portugal, ensolarado, um litoral lindo. Passamos pela costa da Espanha, com uma leve entrada na França. O dia estava radiante. Pudemos ver ilhas, cidades, rios e povoados, além das fazendas francesas, todas demarcadas. A entrada na Inglaterra é rápida, as cidades puderam ser mais bem avistadas por causa da menor altitude.
Chegamos com meia hora de antecedência do previsto, mas eu tive que passar por uma longa fila na emigração. Toninho como tem o passaporte da Comunidade Européia, passou em cinco minutos e ficou me esperando.
Resolvidas as formalidades pegamos um metrô até nossa casa, no bairro de Ealing (seis estações a partir do aeroporto de Heathrow). Só demos pela dificuldade quando tivemos que largar o carrinho para entrar na estação.*
Foto da Northfield Road, na chegada

A estação de destino não tinha elevador, nem rolantes. Ainda bem que dois rapazes se ofereceram para levar as malas até o alto. Ufa!  Não localizamos taxis** e acabamos caminhando devagar até a casa (não fica perto).
Ainda bem que o dia estava lindo e ensolarado, porque debaixo de chuva ia ser o caos.
Na casa fomos recebido calorosamente pelo casal proprietário e pelo filho de dez anos. O apartamento que nos foi destinada fica no terceiro andar da casa e é isolado, portanto garantindo privacidade. A saída fica justamente diante da porta principal o que também dá independência. Gostei.
Por outro lado é tudo novo em folha, quer dizer, a casa é daquele estilo inglês típico, mas está  reformada, tem todos os confortos necessários e até alguns luxos ( para brasileiros), com cabides aquecidos para toalhas nos banheiros. As roupas de cama e banho estavam novas em folha e perfumadas. Havia um lindo arranjo de flores no quarto, que é amplo e iluminado, com sofá, móveis novos e coordenados, além de internet e uma TV LCD.
Depois de banho e desfazimento de malas fomos jantar, aqui no bairro mesmo . A Northfield Road, via principal de comércio, é cheia de restaurantes: chineses, indianos, um francês e nepaleses. Com jeitinho de bistrô, escolhemos um Nepalês, cujo tratamento foi impecável, comida exagerada e como não comemos tudo ( e não se pode desperdiçar) eles nos entregaram a conta junto com uma sacola de quentinhas.  Ficamos meio perplexos, mas levamos e ofertamos aos nossos  anfitriões.
Domingo foi um dia agitado. Cedo fomos até o Museu Albert e Victoria***


 ( fica e frente ao Hyde Park), para ver exposição dos vestidos da Grace Kelly (último dia). De fato uma maravilha, impecavelmente confeccionados na Maison Chanel e em outras casas famosas. De quebra vimos o famoso vestido de gala da Lady Di, bordado em pérolas.
No intervalo entre a compra e a hora (aprazada****) da entrada fomos passear no Hyde Park   e apreciamos os cavaleiros e seus cavalos puro sangue ....inglês. Me lembrei da Hípica de Campos do Jordão.
Depois almoçamos num bistrô diante da HARRODS, cuja comida estava muito saborosa. Aqui a fama é de uma comida pobre e sem gosto. Mas até agora demos sorte (inclusive quanto a porção razoável de  sal, pois eles não usam muito o tempero).
A HARRODS é a HARRODS. Loja linda, não só no conteúdo, mas na sua arquitetura e decoração).Tem que ter dinheiro para ser um consumidor nos domínios de Al Fayed,  porque são muitas coisas lindas, desde o setor de alimentos (como queijos que eu nunca tinha visto ou ouvido falar). Os preços não são um absurdo, são mais baixos que os da  Oscar Freire ou Shopping Iguatemi, no Brasil. Mas ainda assim são caros. A loja estava abarrotada de gente de todas as partes do mundo. Achei no subsolo umas liquidações de bolsas de várias marcas (Michael Kors, Marc Jacobs, Fendi, etc..a excelentes preços). Pode-se achar capa de chuva na faixa de 800 libras, o que equivale a R$2.300,00 + ou -.
Andamos ainda no Oxford Street, mas nada mais tinha graça após ver o templo maior do consumo.

Sobre a aula e outros  babados conto amanhã, que será greve do metrô, e estamos meio que dispensados das aulas. Até.
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*Não há dificuldades no aeroporto, pois é muito bem sinalizado. É só seguir as indicações, para qualquer tipo de transporte escolhido.
** Não achamos taxis na Estação de Northfield  porque eles não estão disponíveis na rua. A gente entra numa loja de CAB (que é taxi em inglês) e  pede o carro. O encarregado chama o mais próximo em circulação, pelo rádio . Pequenos detalhes que deixam a gente com cara de provincianos. Nem vimos a tal loja, só dias depois é que descobrimos o misterioso ponto.
***O Museu Albert and Victoria  fica na estação South Kensigton do Underground (Metrô), com saída direta .
**** O museu pode ser visitado a qualquer hora, porém as exposições temporárias são pagas e a hora é marcada

Um comentário:

  1. Estamos acompanhando vocês em tempo real aqui na procuradoria! Dani Câmara e Mônica Itapura

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